As mãos que sufocam
O episódio do acordo Irã, Brasil e Turquia abalou convicções, além de ter provocado ataques de histeria entreguista na mídia brasileira. A histeria não se põe na conta das coisas substanciais, apenas faz parte da propaganda das potências que querem permanecer hegemônicas.Já na prateleira das substâncias fica a posição do P5+1 (EUA, Rússia, França, Reino Unido, China e Alemanha), quase uma repetição do G8 em franca luta de posições com o fórum mundial do G20. Este grupo teme uma nova ordem mundial multipolar cuja questão chave é a política energética. Petróleo, Biocombustível e Energia Nuclear (ou o que virá no futuro com o desenvolvimento do estudo das partículas, fusões inclusive).
Os países hegemônicos não pensam numa ordem mundial mais democrática com desenvolvimento social amplo. Querem controlar a energia do planeta pois sabem que aí se encontra o útero de todo o futuro.
Minidrama em estado absoluto
A única coisa que provoca corrupção absoluta é o poder. O poder resulta da unidade monetária. O dinheiro é o corruptor absoluto, nem doido rasga.Às cinco horas saem disparadas as viaturas da mídia nacional. Disputam a maior fatia da grana do escândalo. Às seis não se sabe do paradeiro da modelo. Oito horas já chega o pai da modelo para pegar a jóia da coroa: o neto que pode receber pensão gorda. Nove horas uma mistura de tramas de periferia, gravitando a grana do jogador, se agita com a possibilidade da exposição pública.
Dez horas é escalado um menor para espalhar a trama e amenizar para o lado do centro da grana. Advogados capricham suas cenas no palco dos acontecimentos. Onze horas o delegado é o contista mor, sabe até o gesto da boca do assassino durante a obra. Doze horas aparece a mãe da modelo, denunciando o ex-marido e pegando a jóia da coroa para si. Por volta das quinze horas anuncia que depositará a grana para o futuro do neto.
Dezesseis horas na falta de novos fatos, as telas estão ocupadas por “especialistas” do direito opinando sobre autos processuais que não leram. Ou seja, falam da própria notícia. O melhor seria chamar um especialista em mídia.
Dezessete horas, camelôs de Belo Horizonte vendem cópias piratas de dois filmes pornôs feitos pela modelo. Dezoito horas, a produtora aproveita a brecha para vender seu peixe.
O mercado fecha suas portas ainda com o cheiro azedo do lixo do dia.
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