Muito lutei para não ser um santo.
Ouvi todo tipo de tentação.
Rasguei orelha.
Quebrei nariz.
Entortei os pulsos.
Perdi casa, esposa, sonhos.
Conheci pessoalmente a lua cheia.
Joguei búzios. Encantaram-se moedas.
Deixei que a alma saísse do corpo.
Enganei sombras, vultos, fantasmas.
Deus é testemunha:
fiz o diabo para não ser um santo.
Mas agora vejo os grilhões rompidos.
As asas a cada noite mais brilhantes.
O coração humilde pedindo trégua.
A mente enfraquecida.
Molenga.
Devo seguir então meu destino.
Acabar com essa angústia.
Ser logo um santo e pronto.
Pois bem, eu sou um santo.
Um santo de barro
e da cara de pau.
Mas um santo.
5 comentários:
domingos, não é que eu me sinto assim, também. abraços.
Domingos, não é que eu sou exatamente a SANTA, pena que não tenho pau pra ser oco, mas já sou oca mesmo.kkkkkkkk.
Íris Pereira
Caro santo, quero dizer caro Domingos, só hoje vi teu comentário em meu blog, obrigada pelo reconhecimento ( é foda! Ninguém reconhece o quanto dou duro pra fantasiar e viver todos os momentos para tornar o mais real possivel meus textos)Ops! não precisa aprovar. Leia e depois me add no msn.
Abraço
Lupin, toda coragem é santa.
Forte abraço.
Íris, a santidade de que falo
é a eterna peleja em manter viva
a chama da pureza entre hipócritas.
Carinhoso abraço.
Ora! Ora! Mas é disto que estou falando sem ser hipócrita...E não é difícil não, é só ignorar também as vezes.
Iris Pereira
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