TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

terça-feira, 10 de agosto de 2010

ralear

coisa de planta
é pra quem planta
da pressa dos amantes
o tempo ri sarcástico
e o céu nunca falta
está sempre ali
quando estou olhando

minha árvore balança
um vento feito de notas musicais
falta mais disso
nessa tempestade
e doce na boca
de minhas raízes

galhos envergam...e dançam...
nesse tempo de plantio, mãos no arado,
regador gigante.

eu conta-gotas, conto tempo
conto coisas
que são coisas
são só coisas...

2 comentários:

joão alberto lupin disse...

li seu poema sorvendo palavra por palavra. uma delícia!
grande abraço.

Marta F. disse...

Obrigada querido,que seja fruto então, que aliás não tinha na árvore...

...mas vc colheu. Curioso isso.
Fico grata.