Cearense (do município de Boa Viagem), acusado de ser um dos chefes do cinematográfico assalto ao Banco Central (de Fortaleza), anos atrás, o indivíduo conhecido por “Alemão” foi preso depois de uma paciente operação da nossa eficaz e eficiente Polícia Federal (durante meses), no interior do Estado de Goiás.
Condenado à pena integral, foi enviado para um desses “presídios de segurança máxima”, localizado em Mato Grosso, onde deveria cumprir o merecido castigo. Como, entretanto, repentinamente o “coitadinho” não se sentiu à vontade na nova casa, reclamou ao seu advogado (um ex-presidente da OAB-Ceará e conhecido pela exorbitância da remuneração que cobra dos seus clientes) que, conhecedor em potencial dos atalhos e trilhas possibilitados por uma legislação penal caduca, incontinente arranjou-lhe a transferência para um dos inseguros presídios de Fortaleza. De onde, evidentemente, deverá evadir-se mais dia menos dia, se já não o fez, e voltar a delinqüir (alguém duvida ???).
Enquanto isso, à mesma época, a “arraia miúda” e desprovida de posses (elementos participantes do mesmo assalto), que havia sido detida aqui em Fortaleza e lá em Boa Viagem, paulatinamente começou a ser posta em liberdade, em razão de habeas-corpus individuais impetrados pelo mesmo eficiente advogado (quem lhe pagou a conta e de onde veio a grana, ninguém sabe ninguém viu).
Mas, não custa lembrar, esse mesmo “ético” causídico, que vive a ministrar aulas de moral e ética nas universidades, defensor intransigente da lei e dos bons costumes, já houvera sido responsável pela transferência de um perigoso bandido (Alex, o “deficiente eficiente”) um paraplégico especialista em lavagem de dinheiro, da cadeia para um confortável apartamento de um dos melhores e mais caros hospitais de Fortaleza (com vigilância à porta 24 horas por dia), de onde “bateu asas e voou” ligeirinho - é que, segundo posterior depoimento do vigia, ele “dormiu” no trabalho depois de ingerir um cafezinho básico. O certo é que Alex se mandou para a Austrália, onde hoje vive numa mordomia de fazer inveja a qualquer rei árabe, a “torrar” a montanha de grana ilegalmente obtida.
Pois bem, pernóstico e gozador por excelência, Alemão outro dia concedeu
entrevista,“ao vivo”, no programa João Inácio Show, da TV Diário, com audiência recorde em razão das “chamadas” feitas durante toda a semana. E aí, quando em meio à conversa amena mantida com o repórter, este o instou a se pronunciar sobre se tinha idéia do real significado do valor surrupiado do Banco Central (míseros e desprezíveis 167 milhões de reais), “Alemão” mostrou todo o seu sarcasmo e frieza ao afirmar candidamente, para surpresa de todos, que na realidade ele e demais companheiros da quadrilha teriam prestado, sim, um grande “favor” ao pessoal do Banco Central, já que levaram “APENAS” cédulas "velhas" de R$ 50 já desgastadas pelo tempo e que não fariam falta nenhuma, já que seriam incineradas dentro em breve; aproveitou para lembrar o quão magnânimos foram, já que uma outra igual quantidade de dinheiro, composta de cédulas "novas", zeradas, sem uso, tinindo de novas, foram deixadas de lado, humilhantemente desprezadas.
Só esqueceu de lembrar, o "coitadinho" do Alemão, que as cédulas usadas não
permitem “rastreamento”, ao contrário das zeradas, facilmente localizáveis e recuperáveis.
Como se vê, cinismo puro e em estado latente.
2 comentários:
O alemão, cearense, não é o mesmo que deu nome ao morro. Ou é?
Salatiel,
Desconhecemos (mas acreditamos que não).
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