TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Transportes públicos - Emerson Monteiro

Urgentes providências exigem os serviços públicos no Brasil, a exemplo dos transportes urbanos, que favorecem sobretudo os proprietários de automóveis, proprietários dos veículos e também das ruas todo tempo. Enquanto disparam suas bólides luxuosas e faiscantes para os lugares aconchegantes das residências e dos escritórios de lucrativas empresas, a pessoa tradicional, egressa das camadas já excluídas da grande massa humana, mofa pelas calçadas à espera dos ônibus trepidantes e morosos, na aventura pelo pão de cada dia.
Sempre falam nisso os parlamentares, no entanto as leis pouco representam dessa preocupação em termos práticos que demonstrem retorno correspondente do quanto custam os nossos legisladores dos três níveis. Notaram o drama do zé povinho dependurado, nos momentos de pico, nas portas empanturradas de gente até o gogó, sem ergueram a voz nas tribunas que traduza medidas correspondentes.
Desde que me entendo de gente vem sendo assim. O transporte público brasileiro deve séculos de respostas aos simples usuários das periferias na sua luta insana pelo sustento e pela sobrevivência, no ir e vir das cidades.
Nesse mundo a fora existem pesquisas de meios alternativos de combustíveis dos transportes, desde álcool de beterraba a energia elétrica, mesmo assim a gasolina ainda reinará por umas duas décadas. Barateando o custo de consumo por certo aparecerão chances de lembrar o operário, a faxineira, o estudante pobre, o pequeno empreendedor, no esforço de vencer distâncias.
O carro elétrico, no Japão, país limitado nas suas reservas petrolíferas, isenta de impostos os consumidores, facilitando uso e aquisição, numa possibilidade menos agressiva aos recursos naturais. A pesquisa da energia solar, outro meio alternativo, cresce todo momento, sem qualquer prejuízo ao meio ambiente, energia renovável e limpa.
Quando adotadas outras fontes energéticas, o petróleo achar-se-á liberado para novas aplicações durante a civilização tecnológica destes tempos petroquímicos.
A expectativa por isso de usar com mais racionalidade os instrumentos oferecidos pela natureza bem que pode somar elementos ao espírito dos governantes, no sentido de olhar a grande população em seu amplo aspecto. Será o que exige a democracia das ruas, livre de ver os índices populacionais qual peças de manobra e lucro das multinacionais, ausente de critérios justos no trato organização política.

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