Definitivamente, apesar da ira, inveja e rancor dos “eternamente do contra”, ele jamais deixará de ser o “cara”. Tanto é que, “nunca antes na história desse pais” um Presidente da Republica, ao final de longevos oito anos de mandato, conseguiu o que muitos consideravam impensável: ser considerado e divulgado (até mesmo pela sempre raivosa mídia e institutos de pesquisa adversários) o melhor e mais bem avaliado dentre tantos que já sentaram no “trono” presidencial desde que o Brasil transformou-se em “república”.
Ao contrário dos infelizes antecessores, que praticamente escorraçados foram da função pública ao final dos respectivos mandatos (que o diga o prolixo FHC), ele prepara-se para deixar o cargo com índices de aprovação recordes e estupendos (e em todas as regiões do país, frise-se), tanto em relação ao seu governo, como no tocante à sua conduta pessoal. E vai deixar saudades. Muitas. Estrebuche quem quiser.
Não é sem razão, pois, que por onde anda, por ande passa, por onde trafega, o SEU povo faz questão de prestigiá-lo, saúda-lo, aclama-lo, paparica-lo e mostrar-lhe reconhecimento e gratidão pela auto-estima reconquistada (só comparável ao tempo de JK), pela respeitabilidade que o país hoje merecidamente desfruta no cenário internacional, pelo astral positivo que se apossou dos mais necessitados e, enfim, pelo muito que foi feito pelo país nesses últimos oito anos, especialmente pela sofrida classe trabalhadora.
Carismático e originário do seu núcleo (da classe trabalhadora), disso ele se orgulha e sempre faz questão de lembrar, aqui ou nos mais sofisticados e nobres salões mundo afora. Assim como demonstra, e não poderia ser diferente, conhecer a fundo, no íntimo e em detalhes, seus anseios, certezas, sofrimentos, agruras, incertezas e momentos felizes.
Sabe, por exemplo, porque o vivenciou no dia-a-dia e durante anos a fio, que para o “trabalhador” (pertencente a qualquer categoria profissional) não tem dia mais sacal, longo, cansativo e extenuante do que uma segunda-feira (e todos que labutamos sabemos disso: a segunda é um dia sofrido, que parece “não acabar mais”); além do que e principalmente, tem consciência plena que após um final de semana onde exagerou e se esbaldou a não mais poder com a família (principalmente agora, que tem renda pra isso), o que o “trabalhador” mais quer ao final de uma pavorosa segunda-feira, é chegar em casa o mais rápido possível, tomar um banho revigorante, “forrar” o estômago, deitar em sua rede, assistir sua novela e privar de um merecido e justo repouso(se possível sonhando com os anjos).
Pois bem, a reflexão acima tem a ver com a notícia de que o presidente Lula da Silva esteve no Crato, na noite de segunda-feira (13), mas (segundo maldosamente espalharam seus desafetos), teria evitado congraçar com a população, preferindo participar de uma festinha privada (não esqueçamos que, em oportunidades outras, baixaram o malho e exacerbadamente o criticaram, rotulando-o de populista, de querer aparecer de qualquer jeito, de ser um demagogo e por aí vai, por fazer exatamente o contrário: procurar e fazer questão de congraçar com o SEU povo).
Se houvesse, pois, neste momento, pelo menos uma gota de bom-senso e parcimônia, se presente se fizesse um resquício apenas de boa vontade, se prevalecesse um átimo de sabedoria, saberiam seus desafetos que, se assim o quisesse, o Presidente Lula colocaria, sim, o SEU povo nas ruas do Crato, em plena meia-noite ou mais tardar; que o SEU povo acorreria, sim, em massa ao seu chamamento (entupindo suas ruas e avenidas), bastando, para tanto, que houvesse sido autorizada a divulgação da sua passagem pela cidade.
E, no entanto, o constatável é que assomou mais uma vez a “magnanimidade” do estadista Lula; que se fez presente o profundo respeito que devota ao SEU povo; que emergiu, porque carismático, a compreensão simplória de que o SEU povo, que passara um final-de-semana a queimar calorias em justas e merecidas atividades outras (levantamento de copo, deglutição de uma paneladazinha básica e por aí vai), agora, após uma segunda-feira de ressaca braba, necessitava de repouso, de descanso, de tranqüilidade, de paz.
Desnecessária a exteriorização do sentimento gratulatório em plena calada da noite, já que ELE e o SEU povo não precisavam demonstrar o que todos sabem e os números não permitem esconder: “jamais na história desse país” (excetuando-se os tempos de JK), um Presidente da República gozou de tamanho afeto, carinho e reconhecimento público.
O resto ??? O resto é perfumaria barata. De quinta categoria.
Um comentário:
É isso aí. A direita raivosa que se rasgue!
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