TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

sábado, 11 de dezembro de 2010

Ir longe... pra ficar perto - José Nilton Mariano Saraiva

O “jogo-de-sinuca” é uma das diversões mais saudáveis e prazerosas pra se passar o tempo e jogar conversa fora, preferencialmente com uma “geladérrima” e uma suculenta “panelada” assistindo tudo (e, claro, com a torcida vibrando e dando pitaco, ao lado). Difícil imaginar que ainda exista alguém que não o tenha praticado, independentemente da idade, credo, raça ou sexo.
Relativamente fácil, o objetivo é “encaçapar”, em um dos seis buracos existentes na mesa de jogo, obedecendo a uma pré-determinada seqüência numérica, bolas de cores distintas e valendo pontos entre 01 e 07. Para tanto, existe uma oitava bola, apelidada de “carambola” (se não estamos enganados), que é a que se presta unicamente pra “empurrar” as “co-irmãs” pra dentro da caçapa, evidentemente que impulsionada pela maestria do “taco” do jogador. Consagra-se aquele que ao final fizer mais pontos.
Como em todo jogo, entretanto, no de sinuca também existe suas técnicas, segredos e táticas. Dentre elas, certamente a que apresenta maior grau de dificuldade para o “jogador da vez”, é quando o adversário lhe aplica a famosa “sinuca-de-bico”.
A “sinuca-de-bico”, que muitos cognominam também de “beco-sem-saída”, se dá quando o jogador tem a “bola da vez” protegida atrás de uma ou mais bolas, de forma que fica extremamente difícil acerta-la, mormente em estando a mesma “na bica” para ser “encaçapada”. E aí é onde entra a excelência e refinamento técnico do jogador da vez, que terá obrigatoriamente que usar as bordas da mesa de jogo (tabelas) para atingir a bola do jogo sem tocar a(s) que está (ão) entre elas. Há que se usar o chamado “efeito”, a fim de encontrar um caminho alternativo pra se atingir a bola da vez (pelos lados, por cima, arrodeando, jogando pra trás, e por aí vai). Haja virtuosismo, competência e precisão para executar tão exímia manobra. Mas muitos – jogadores de escol - conseguem, sim.
O “lero maluco” acima, é só pra lembrar que a nossa querida Socorro Moreira se meteu numa grande enrascada, autentica “sinuca de bico”, ao abrigar no seu Cariricaturas certos “rebeldes” ou “inconvenientes”, que insistem, por cima de pau e pedra, quer chova ou faça sol, em discorrer sobre política, contestar dogmas religiosos, referir-se a essa coisa complicada e sacal chamada “economia” e, enfim, em sair da mesmice e provincianismo tão característico em outros blogs regionais, colocando um pouco de tempero e sal no Cariricaturas.
Pois bem, pelos últimos corajosos “avisos” ou “esclarecimentos” que tem veiculado (principalmente após a divulgação da carta do senhor Joaquim Pinheiro Bezerra de Menezes tratando da assombrosa e estapafúrdia agressão sofrida pela senhora sua mãe por parte de um dos “graduados” da administração municipal cratense, e conseqüentes manifestações de solidariedade), Socorro Moreira se encontra sob cerrada pressão, intenso e descomunal tiroteio, visando abduzir do Cariricaturas determinados “bestas” que estariam transformando o seu blog num ambiente desagradável, ao insistirem em exercer a cidadania em sua plenitude (figuras como o Zé do Vale, Zé Flávio, Joaquim Pinheiro, Zé Nilton Mariano e outros seriam “dispensáveis”).
Na visão mambembe e caolha daqueles atávicos conservadores que pressionam a Socorro Moreira, não se deve abrir espaço para a discussão sobre política, religião, economia e futebol, já que temas “complicados” e “desagregadores”. O ideal, na visão deles, parece ser um retorno aos tempos da escuridão e do chicote, quando jornais e revistas, em razão da censura braba e violenta, ocupavam seus valiosos espaços com “receitas culinárias” e coisas parecidas, sob pena de irem parar na “caixa-prego”, sumirem do mapa, escafederem-se de vez.
A pergunta é: Socorro Moreira sucumbirá ao esdrúxulo e incessante cerco ??? Ou optará por continuar “livre para voar” ???
Embora sem conhecê-la pessoalmente, apostamos que ela será capaz de "ir longe... pra ficar perto" dos seus “desagregadores”.

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