"A mentira tem pernas curtas", nos ensina o velho, sambado, mas sempre atual adágio popular. Tanto é que, especificamente em relação à notícia aqui abordada, ele se aplica como uma luva.
Aos fatos.
Embora partidários e o próprio candidato presidencial do PSDB José Serra fugissem dele como o diabo foge da cruz, um tema insistente e recorrentemente trazido a público pelos governistas e sua candidata Dilma Rousseff, durante os debates presidenciais, foi a possível e imediata privatização, POR PARTE DO TUCANOS, da Petrobrás e, extensivamente, das fabulosas reservas petrolíferas do pré-sal, nosso passaporte para o futuro.
À época, questionado a respeito, o candidato José Serra garantiu, via telinha, ao vivo e a cores, de forma contundente e peremptória, que isso jamais ocorreria, que isso não passava de intriga do governo.
Aqui, abrindo um parênteses, convém lembrar, já que muitos desconhecem, que desde 1997 (no governo FHC), quando foi a pique e acabou o monopólio estatal da Petrobras (quiseram até mudar seu nome para Petrobrax, a fim de torná-la mais palátavel à "gringarada"), a exploração de campos petrolíferos em nossas águas territoriais era gerenciada via modelo de “concessão”. Que vem a ser aquele tipo de exploração em que a empresa vencedora da licitação fica dona de todo o petróleo a ser explorado, assumindo a simplória contrapartida de pagar irrisórios “royalties” ao governo.
No entanto, com a descoberta dos fabulosos campos petrolíferos da camada do pré-sal, sábia e preventivamente o governo do presidente Lula da Silva mudou a proposta, adotando o sistema de “partilha”. Que é o modelo em que o vencedor terá de obrigatoriamente partilhar o petróleo encontrado com a União, além de a Petrobras ser a operadora única e exclusiva dos campos, garantindo ainda, no mínimo, 30% de participação nos consórcios com as outras empresas.
Pois bem, hoje, numa prova que os blogs vieram mesmo pra ficar, o site Wikileaks nos disponibiliza um incessante turbilhão de multifacetadas informações (e que parece não ter mais fim), contemplando nações e governos de todo o mundo, onde, dentre outras "bombas", tomamos conhecimento que as petroleiras americanas não queriam de maneira alguma a mudança do marco regulatório de exploração de petróleo no pré-sal brasileiro, que o governo houvera aprovado no Congresso Nacional.
E, por conta disso, peitaram e acossaram o candidato José Serra (à época líder nas pesquisas) em oportunidades diversas, visando obter garantias sobre uma provável mudança que as beneficiasse. E este, covarde e coniventemente, teria prometido a Patricia Pradal, diretora de Desenvolvimento de Negócios e Relações com o Governo, da petroleira norte-americana Chevron, que a regra seria alterada, SIM, caso ele vencesse: "DEIXA ESSES CARAS (DO PT) FAZEREM O QUE ELE QUISEREM. AS RODADAS DE LICITAÇÕES NÃO VÃO ACONTECER, E AÍ NÓS VAMOS MOSTRAR A TODOS QUE O MODELO ANTIGO FUNCIONAVA. E NÓS MUDAREMOS DE VOLTA", garantira Serra.
O relato acima é só para mostrar o perigo que o Brasil correu de “entregar na bandeja” o dadivoso bilhete premiado que a natureza lhe presenteou (as estupendas reservas petrolíferas do pré-sal), caso os brasileiros tivessem tido a imprudência e insensatez de eleger o entreguista José Serra. Um mentiroso recorrente e irresponsável (ou alguém já esqueceu que ele houvera registrado em cartório o compromisso de cumprir seu mandato de prefeito da capital paulista até o final e deixou-o pela metade a fim de tentar materializar seu messiânico sonho de chegar à Presidência da República ???).
Que a lição tenha sido aprendida e absorvida: confiar na tucanalha... “jamé” !!!
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