TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

espuma

O maquinário
o botão
o dedo
a idéia
o contexto
inconteste
a palavra
à sorte, ao tempo
a escrita
a convicção
a crítica
o aplauso
o ocaso
a morte
na estante
a cadeia das páginas
dormem bocas
pedem risos
livros voam abertos
por onde ninguém foi
há folhas brancas
de molho no sabão em pó
nas lavanderias subterrâneas
outros rabiscando afagos
à literatura de cordão
varal lotado
o maquinário
o botão...
vai lavar roupa, mulher!

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