TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

terça-feira, 24 de maio de 2011

tic, tac... tac...tac...

Quase nada falta
entro, salto
ou economizo o corpo sonhando amanhãs
enquanto a manhã não sonha
com a tarde, nem a tarde
com a madrugada
nela quase nada falta
quando nada sinto
do que ainda quero
esqueço que vivo
porque morro agora
e lentamente
dentro do relógio de parede
mordo forte
roendo a barra da saia da vida
costurar depois em linhas tortas
o certo que é comer o tempo com os cinco sentidos
desse poema sei
da noite, não saberei daqui da torre imaginária
enquanto distante
um mundo acordado fascinante
noutras frases

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