Já não dá pra ignorar o óbvio ululante: que em razão da falta do decisivo e imprescindível "componente político", o “chefe” do poder executivo municipal do Crato não tá com nada em termos de relacionamento com o “chefe” do poder executivo estadual; não é necessário se ser nenhum expert na matéria, pra observar que se ergueu entre os dois uma espécie de muro muito alto, autentico paredão, aparentemente intransponível, impeditivo de qualquer avanço; que uma antipatia mútua estabeleceu-se entre os dois homens que comandam os dois poderes, criando arestas irremovíveis; e que, principalmente, não dá pra ficar alheio que quem mais perde com isso (sob qualquer perspectiva que se analise) é o município do Crato e sua população, já que obliterados das decisões governamentais (afinal, só um dos “chefes” é que detém o poder de uso da “caneta”).
A “coisa” chegou a tal ponto, escancarou de vez, materializando-se definitivamente a má vontade do “chefe” para com o “subordinado” (em termos de estrutura estadual), que o irascível sobralense que exerce o Governo do Estado circulou no Crato anonimamente, não dando a mínima para o prefeito da cidade, não se fazendo anunciar antecipadamente, como sói acontecer em ocasiões da espécie, numa falta de respeito e consideração explícitas.
E agora, num arrufo de prepotência e arrogância desvairadas, manifesta Sua Excelência seu desejo de “fechar o caixão” do Crato definitivamente, mostrar quem é quem ou quem manda onde, acabar de vez com qualquer perspectiva de conversa ou acordo, ao insistir e persistir em implantar o nauseabundo e repugnante "lixão do Cariri" (com sessenta por cento da "matéria" oriundos de Juazeiro do Norte e os quarenta por cento restantes das demais cidades), em uma das nossas mais aprazíveis localidades (Ponta da Serra), quando os estudos de viabilidade apontam como melhor local para tal atividade uma área isolada do município de Caririaçu (se tal acontecer, e o distrito de Ponta da Serra – alô, Antonio Correia - for mesmo “PREMIADO” com tal “BENEFÍCIO”, até a nossa bendita água, cantada e decantada em verso e prosa, será seriamente afetada, já que o lençol freático restará contaminado, ad finem); sem se falar na praga de urubus, ratos, baratas e o escambau, além do mau cheiro e da poluição provocada pela horda de “catadores” prontos a chafurdar o local, transformando-o numa pocilga a céu aberto (com todos os malefícios à saúde daí advindos).
Isto posto, acreditamos necessário se estruturar imediatamente um movimento suprapartidário, congregando clubes de serviço/instituições diversas (Lions, Rotary, Maçonaria, CDL, etc), associações comunitárias, sindicatos, a mídia em geral e a própria Câmara Municipal, visando convocar ÀS RUAS (vapt-vupt) a população da cidade, objetivando “mostrar ao rei” que o Crato tem dono, sim (sua população), que merece respeito, e que não aceitaremos se por de quatro em obediência à vontade “imperial” de um alienígena (sobralense) sem nenhum compromisso com a cidade; enfim, há que se estampar nosso repúdio claro e veemente diante tamanha e tão grotesca agressão. E não aceitar, em hipótese alguma, que tal crime seja cometido.
Na oportunidade (e pra que não se cometa nenhuma injustiça com o Governador do Estado), bem que se poderia outorgar o título de “persona non grata” ao cratense (???) Camilo Santana, Secretário de Estado e atual “queridinho” do chefe do executivo cearense (a ponto de ser cotado por Sua Excelência para ser candidato à Prefeitura de Fortaleza) que, ao invés de pelo menos tentar ajudar sua terra-mãe, só tem lhe trazido desgosto, contratempo e decepção, já que omisso e navegante da contramão da história (estão lembrados do imbróglio da “relocalização” do nosso Parque de Exposições, tendo o próprio à frente ???).
Portanto, ÀS RUAS, cratenses, antes que o pior aconteça.
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