TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

terça-feira, 7 de junho de 2011

MOVIMENTO PELA DIVERSIDADE MUSICAL E CONTRA O MONOPÓLIO DO FORRÓ DE PLÁSTICO - Por: Dihelson Mendonça


Movimento em favor da diversidade musical, e contra o Monopólio do Forró de Plástico na mídia ! - Lanço uma corrente para unir todas as pessoas que gostam da Boa Música. Junte-se a nós. Chega de mesmice !



https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQLLy3SjpaWEsXuL2UUOpb4ZmfHmtt3xnYzAHwwdYCQRP2r3xAo_Bxf5c2-_yyl5ovtqkM4UCFq9n-J2q5IhZC7pUruq_1oX3RNnmd4CUqJppuQ0CDNWce8QdSN2BU2ouTPk9KOyI-dG4g/s1600/cartaz02-380.jpg

Somente com a união de todas as pessoas que gostam da música de qualidade no Brasil, conseguiremos vencer o "Cartel da Mídia" que mantém o monopólio do forró de plástico 24 horas por dia nas estações de rádio. Estou recrutando cada pessoa de bom gosto musical, cada cidadão que odeia a baixaria representada pelas bandas de forró; Cada um que curte outros estilos, para que juntos formemos uma frente, um movimento organizado que estou denominando inicialmente de "Movimento Pela Diversidade Musical na Mídia" para as estações de rádio possam voltar a tocar estilos variados de música, rompendo esse monopólio de porcarias estabelecido. Como sabemos, o percentual de pessoas que apreciam música de qualidade é muito superior aos que gostam de música ruim, mas somente a música ruim tem espaço no Rádio, porque um grupo econômico criou e mantém há 2 décadas uma estrutura perversa que visa apenas ganhar dinheiro fácil às custas da massificação.

A ESTRUTURA DO SISTEMA

Ao contrário do que muitos pensam, o monopólio do forró de plástico na mídia não é um elemento passivo. Não caiu no gosto do povo por mero acaso. É fruto de uma estrutura cuidadosamente planejada nos anos 90 por um grupo de empresários visando o ganho de dinheiro fácil dos incautos pela exploração e pela massificação. O objetivo primordial deles é manter o forró de plástico ativo 24Hs no Rádio, impedindo outros estilos musicias e garantindo público nos eventos:


O sistema é formado basicamente por 3 elementos que trabalham de forma organizada e sincronizada:

01 - Proprietários de bandas de forró de plástico ( gravadoras ) - A coisa toda é feita visando a exploração da baixaria, da vulgaridade, do estímulo ao alcoolismo e da prostituição, com letras pobres que apelam para os instintos primitivos enquanto se investe no visual, tornando a música um fator secundário. Arte não existe. Abusa-se do mau-gosto, e garantem-se espaços nas estações de rádio com uma estrutura paga, via satélite. Como uma droga de efeito imediato e que não se mantém, é que nem mesmo aqueles que gostam desse estilo aguentam ouvir a mesma música por muito tempo. O sucesso é passageiro, como o efeito de qualquer outra droga. O lucro não é obtido na venda de CDs, que são vendidos nas lojas por um valor simbólico e são muitas vezes doados em esquinas como promoção para arrebanhar público para os shows. Usam as gravadoras apenas como elemento de produção, sendo que o lucro real vem da venda de ingressos nos shows. A tática é oposta ao modelo vigente nas grandes gravadoras do país, onde lança-se o artista para vender o produto. Aqui, a gravadora serve apenas para reforçar e amparar o sucesso. A música pode até ser gravada ao vivo, no próprio show, pois descobriu-se que o público alvo não tem intelecto suficiente para distinguir a qualidade da gravação. O objetivo é promover a participação do público, sobretudo gritando nomes de determinadas pessoas nos shows, que levarão os CDs para tocar para os amigos. Na maioria dos casos, uma mesma música é gravada por várias bandas ao mesmo tempo.

02 - Estações de Rádio - Em conluio $$$$$ com as bandas de forró de plástico para massificar a população, elas é quem preparam o GADO ( público ) para as vendas dos ingressos nos eventos garantindo a publicidade antecipada, a fim de levar a massa como gado ao matadouro ( shows ) como se fossem Zumbis. A música, segundo eles, não deve ser artigo para pensar. Pensar, Dói ! - Música seria como qualquer droga, como CRACK e COCAÍNA: Apenas para a diversão fugaz, de fácil apelo, e em associação ao movimento corporal e à sensualidade. O Rádio une-se às bandas de forró para divulgar somente o material fornecido pelos proprietários, minimizando ou vetando quaisquer outras formas musicais, garantindo assim o monopólio e a massificação e preparando o povo para o principal: a venda de ingressos em shows.

03 - Proprietários de Casas de Shows - Aqui é onde realmente desemboca o grande filão do dinheiro. Visando lucro fácil, entram na jogada, abrindo os espaços para o material que já foi divulgado e massificado por meses nas estações de Rádio e em acordo com as bandas de forró. Em época de eventos, as bandas que irão participar se intensificam nas estações de rádio, tocando principalmente as que participarão, e retirando as que não irão participar, tudo preparado cuidadosamente com meses de antecedência e garantindo a participação da massa, que estará preparada a tempo para o dia do shows. Todos lucram no negócio milionário.

RECLAMAR ADIANTA ?

01 - Desde que o forró de plástico ( como é conhecido atualmente o chamdo "forró putaria", desde a intervenção do músico Chico Cesar ) nossa tática de reclamar não tem sequer arranhado a estrutura dos organizadores de eventos, e muito menos sensibilizado qualquer dos 3 pilares do cartel da mídia, que estão agarrados ao OSSO, mas estas reclamações, por outro lado, tem feito surgir muitas bocas indignadas no seio da sociedade ( inclusive crônicas famosas, como a do Ariano Suassuna ). As inúmeras reclamações trouxeram de volta pessoas que gostam da boa música e estavam esquecidas, impotentes frente ao descaso, e foi por essas reclamações que descobrimos outros que pensam iguais a nós, que estão vendo a arte e a cultura irem para o ralo. Portanto, reclamar é bom, sempre foi bom e sempre será uma grande arma nesse movimento.

02 - A nossa estratégia de começar a ganhar os meios de comunicação tem dado certo. Diversos artistas do nordeste, e principalmente do interior do Ceará, além de formadores de opinião se reuniram e foram às estações de rádio tocar aquilo que já não mais se ouvia. Apesar do curto espaço de tempo, estamos reunindo, congregando as pessoas que gostam de outros estilos musicais, e posso dizer pelo que vejo e tenho ouvido, que a quantidade de pessoas que gostam de boa música é maior do que os que gostam de porcaria, só que eles não se manifestam tanto quanto aqueles. Os shows dos bons artistas estão gradualmente retornando, e tem tido casa lotada, prova do retorno da boa música e do funcionamento do Marketing.

03 - Mesmo em Fortaleza, o reduto do Forró de Plástico, é unanimidade que lá esse forró decadente já diminuiu e alguns apostam até que está morrendo. Ainda bem!

O NOSSO MOVIMENTO:

Minha idéia é unir todas as pessoas que gostam de música de qualidade num grande e permanente movimento em direção às artes e à cultura, a fim de quebrar o monopólio de um só estilo de música no Rádio, garantindo a diversidadeartística e cultural. Temos andado muito dispersos nos últimos anos. O inimigo se aproveitou disso e tomou conta dos meios de comunicação. Permitimos literalmente que a raposa invadisse o galinheiro, enquanto ficamos apenas olhando sem nada fazer. Nosso movimento precisa ser direcionado no sentido de ocupar os espaços novamente, dos meios de comunicação em escala Regional, Estadual e Nacional.

Esse movimento organizado, que une todas as mídias de que temos acesso, terá por meta a união de todas as pessoas de bom gosto numa imensa "Corrente do Bem", que fará cada vez mais pressão no sentido de garantir espaços de diversidade na mídia, e consequentemente, formar mais platéia e bom gosto. O nosso público é grande, só está disperso. É preciso reunir essas pessoas dos 4 cantos. A nossa força estará nessa união. Será um movimento lento, porém gradativo e permanente, que espero contar com todos aqueles que não mais aguentam tanta decadência cultural, que não aguentam mais tanta porcaria no Rádio, e que desejam ouvir novamente MÚSICA DE VERDADE. Lançamos hoje a pedra fundamental desse movimento de resgate aos grandes valores; Não apenas musicais, pois a música decadente é fruto de uma sociedade em decadência. Por isso, é preciso investir nos grandes valores que formam o ser humano, que se baseiam sobretudo, na educação, que é o grande pilar da sociedade. Que possamos unir nossas forças, e todos os recursos disponíveis no sentido de cultivarmos o melhor do ser humano, e com certeza, todo o bem virá por consequência.

Una-se a este movimento. Em breve, o lançamento do site oficial. Enquanto isso, quem quiser participar, pode me adicionar no Facebook, twitter, ou outros websites para trocarmos idéias e estratégias para o combate ao monopólio da mídia:

www.facebook.com/dihelson
www.blogdocrato.com
www.chapadadoararipe.com
www.radiochapadadoararipe.com
www.culturanocariri.com
www.cariricult.blogspot.com
www.cariricaturas.blogspot.com
www.redeblogsdoceara.blogspot.com

VIVA A DIVERSIDADE MUSICAL. ABAIXO O MONOPÓLIO !

Abraços,

Dihelson Mendonça
Músico - Compositor, Pianista, Fotógrafo, Escritor.

3 comentários:

Dihelson Mendonça disse...

É bom que eu esclareça aos mais apressados, que este trabalho eu já venho desenvolvendo há vários meses, e não é um evento imediato. É fruto de meses dos nossos programas de Rádio e da receptividade do público nas ruas em relação ao que é veiculado lá, que vai de música Pop Internacional à MPB de qualidade.

Na verdade, é o próprio público que me forneceu a idéia deste movimento, pois inúmeras pessoas me param para cumprimentar pelos programas, sem que uma conheça a outra. Então que tal reunir todas essas pessoas ?

A indústria da Música ruim investe pesado. Investe milhões de reais todos os anos na promoção de eventos gigantescos.

Quanto nós que gostamos de boa música investimos em um ano para que nosso estilo seja mais escutado, para arrebanhar adeptos, para formar público ? Quase nada!

O mundo é de quem toma de conta. Não há como colher sem plantar. Essa não é uma campanha de um dia. É um movimento permanente, que cada vez mais terá adeptos e que eu investirei tudo o que estiver ao meu alcance no sentido de que ele se agigante. não medirei esforços nem recursos. E com certeza, não é a luta de uma só pessoa. Somos milhões dispersos.

E este movimento não só visa este ou aquele artista em festas específicas. Não tenho intenção básica de levar este o aquele artista local para algum evento, mas promover a música de qualidade em termos gerais. A DIVERSIDADE. Desde a MPB, ao ROCK, ao JAZZ, à MÚSICA CLÁSSICA, etc.

Não busco espaço para artistas em shows. É um movimento que pode ser espalhado por todo o país ( aliás, já está, pelos nossos colegas músicos no facebook ), o que muito me alegra.

Diga-se de passagem que nos últimos meses, o movimento, sem estar declarado desta forma ainda, tem ganho um grande impulso por parte do público, o que se percebe pelo que as pessoas escutam. Hoje em dia, há cada vez mais pessoas ouvindo estilos diversos do que no ano passado, e muito mais que em 2009 que foi um dos piores anos.

"You may say I´m a dreammer, but I´m not the only one"

John Lennon

Dihelson Mendonça

Dihelson Mendonça disse...

A Rádio Educadora do cariri com a nova programação tem sido o lugar, o ventre de onde está se gerando essa idéia. Através dos meus colegas José Nilton, Salatiel e Carlos Rafael, criou-se uma janela de qualidade no Rádio Caririense. Músicas que há muito tempo não eram escutadas. Novas tendências, novos pensamentos.

É isso que está precisando existir, essa reviravolta geral, que agora se caracteriza como um movimento declarado e sem mais volta.

Você que gosta de Boa Música, escute música, ouça na frente dos seus filhos, da sua família. Não tenha vergonha de ouvir música. Ouça no carro, em casa, no Bar, no restaurante, em todos os lugares. Essa é uma semente que precisa se espalhar.

Chega de recuar diante do inimigo que avança. É preciso que avancemos sobre eles e possamos ganhar espaços na mídia, pois só assim poderemos competir de igual pra igual.

Dihelson Mendonça

Dihelson Mendonça disse...

Peço aos nobres colegas que se não puderem ajudar, por favor, não atrapalhem. Queremos a participação de todos os setores da sociedade. Dos artistas e do povo em geral que é contra o monopólio nos meios de comunicação.

Abraços,

DM