TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
Preço da cruel imbecilidade - Emerson Monteiro
Quando, tal qual agora, cresce no ar nova e preocupante crise da economia mundial vêm à tona algumas avaliações no principio da inteligência dos seres humanos. Desde considerar a ausência de sentido de os países ricos insistirem tanto na mania atrasada dos investimentos nas armas, que domina os motivos principais da sede sanguinária do poder das nações, ao alimentar com sangue os mercados qual razão de justificar os gastos astronômicos da máquina da guerra espalhada no Planeta, em guerras de conquistas e espoliações alucinadas.
Em 2006, há cinco anos atrás, os custos militares chegavam a 1,2 trilhão de dólares, longe de qualquer esperança de redução devido ao ímpeto de matar os semelhantes, o que vigora nos senhores dos regimes, sobretudo ocidentais. Em 2010, esses custos subiram à casa de 1,5 trilhão de dólares, margem que passa além disto, face aos números secretos não divulgados e às destruições em massa acarretadas pelo fogo das batalhas, em detrimento das vidas preciosas eliminadas em consequência, de valor inestimável.
Quanto a uma noção do que seja essa quantia no valor das cotações do dólar comercial de hoje (08 de agosto de 2011), equivale a 2,4 trilhões de reais, ou seja, 16 vezes o total de toda a moeda circulante no Brasil, que é de 144 bilhões de reais.
Desponta nisso a crise propalada capitalismo liberal, que invade a Europa, berço dourado da civilização do Ocidente, e chega aos Estados Unidos, a sofrer com a redução nos índices de credibilidade nas bolsas internacionais.
Em avaliações feitas ainda no século XIX, o cientista político alemão Karl Marx profetizava transformações radicais na história devido à luta das classes sociais, impasse que se estabelece por causa da divisão injusta das riquezas, de difícil solução.
Os traumas do egoísmo que alimenta esta desunião, qual instrumento de terror e opressão pela força das armas, milênios afora, serve de pretexto e sacrifica as bases do equilíbrio da pirâmide, que arraste inconsciente o peso do materialismo cego adotado todo tempo.
Por isso, as crises da sociedade mostram a cara dos líderes da ocasião e suas atitudes imbecis, nas tragédias deste chão de dolorosas contradições.
Enquanto as armas significarem, pois, a maior indústria da Humanidade não haverá diálogo entre as pessoas para a solução dos males morais, em detrimento dos direitos e da humana felicidade.
E concluo citando Ruy Barbosa com esta frase: Há tantos burros mandando em homens de inteligência, que, às vezes, fico pensando que a burrice é uma ciência.
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