O que tem a vê a chegada da população mundial a 7 bilhões de humanos, a resiliência dos americanos no bloqueio comercial a Cuba e o boicote da contribuição dos EUA com a UNESCO só por que esta aceitou a Palestina como membro pleno? O denominador comum é a ideologia imperial de natureza anglo-saxônica.
Esperem aí que não estou forçando a barra. Posso cometer uma dificuldade interpretativa ao falar da criança simbólica que nasceu nas Filipinas como sendo o bilionésimo sétimo humano. Agora esclareço: o pavor conservador com a perda de seus privilégios diante desta população crescente. O Filipinozinho agora nascido, bem que a ONU lhe deu uma esperança capitalista, alguma poupança para estudar e à família um capital para começar um negócio. Agora os conservadores chorarem lágrimas de sangue malthusiana por conta do coitado inocente, isso já cheira à própria desconfiança no sistema que adere às suas almas. Nesta hora são piores que os comunistas: não confiam no capitalismo do Adam Smith. Agora a bem aventurança se ameaça.
O neo-malthusianismo, especialmente este da grande mídia, tem a sombra indelével daquelas teorias da Eugenia tão apreciadas pelos Fascistas. O sentimento mais exposto por estes é que está crescendo muita gente não branca e isso lhes subtrai substâncias para a defesa do seu imutável status quo. Não confessam isso, mas demonstram ao alardear a fome na África, a falta de Água no Oriente Médio e na China e falta de energia nos soquetes de suas lâmpadas. Tudo em nome do privilégio. Toda matemática deste povo é mentirosa e não tem o menor respeito. A população mundial cresce a proporções cada vez menores e chegará ao ano de 2100 em quantidade suficiente de meios para se manter, pois os já existentes atualmente são mais do que abrangentes para o consumo previsto no futuro. A fome que existe e o desastre do saneamento é a pobreza em face da concentração de renda.
Por isso os EUA e Israel sozinhos perdem na votação para todos os países pedindo o fim do bloqueio comercial a Cuba e ainda vem com papo de democracia enquanto assassinam políticos estrangeiros. Deve haver alguém de boa fé que ache que o problema se resume ao direito dos americanos negociarem com quem bem quiserem. Mas aí não venham com papo de comércio livre e não pratiquem a chantagem que praticam: se um navio sai do Brasil com uma carga para Cuba e para os EUA, eles não permitem o aportamento nos portos americanos. Não tem quem não fique com raiva de um argumento a favor disso.
Quando a UNESCO que cuida exatamente da paz abriga um povo que vive em luta e os EUA deixam de pagar suas obrigações com a Organização que é da ONU como represália pelo ato, este país se tornou um pária político ou no mínimo poderia ser enquadrado, não pelos critérios de Bush, mas certamente pelo critério da acepção da palavra: em algo do eixo do mal.
Enfim o denominador comum destas três notícias é a própria midiatização dela pelas corporações a refletir-se aderente nos corações dos setores reacionários e conservadores em todo mundo.
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