As pessoas , em geral, têm uma grande dificuldade de usar a palavra MÍDIA. O termo vem do latim MEDIA e é uma adaptação da maneira como os falantes de língua inglesa pronunciam essa palavra. Em alguns casos é a fonética quem define a adaptação de certos termos estrangeiros ao português. Em latim meio é MEDIUM e seu plural MEDIA (meios). Em alguns textos antigos da área de comunicação ainda temos esses termos escritos em latim. Pouco tempo depois da expressão ter chegado em textos traduzidos para o Brasil se começou a usar Mídia no singular para Meio e "os mídias" para o plural. Mas a forma dominante hoje é mesmo "as mídias " no feminino e plural ou quando tratamos a imprensa de forma genérica "a mídia". Todo esse blablabá é por que
tomei um sustinho quando li um texto sobre tinta acrílica , em um blog da região, em que a autora dizia que o acrílico é um dos "médiuns" mais usados etc. Não estaria fazendo aqui o papel de corretor, juiz, se não pressentisse um certo pedantismo, ou uma certa tentativa de tentar impressionar, no referido texto. Nesse casos , como diria Lula, eu recomendo sempre "menas", por favor, "menas". Médiuns , pelo que sei e posso estar errado, são pessoas que recebem mensagens de outros mundos. Um bom conselho pra quem escreve sem dominar o idioma é "less is more".
13 comentários:
Quando postei o texto no Facebook minha irmã que é professora de História da Arte na Universidade do Algarve, em Portugal, me lembrou, além do mais, que o acrílico não é um Medium é apenas um material.
Mauricio,
Há quanto tempo não me dirijo a ti depois dos antigos embates!
Permita-me este acesso, sobretudo porque não é a primeira vez que vejo, aqui no Cariricult, críticas suas, que eu nem chamaria de veladas, demonstrando uma grande "preocupação" para com as coisas que se publica no Cariricaturas, sobretudo em relação aos textos de minha amiga Edilma Rocha.
Se você agisse de forma construtiva, levando essa informação até nós, sem esse ar de ironia (ou sarcasmo) que é sua marca registrada, você estaria colaborando de forma bem mais produtiva para o aprimoramento da Língua Portuguesa, que você tanto propaga.
Você como professor de alto gabarito, deve conhecer os meios ideais de se comentar algum escrito torto ou mal concebido (sob SEU ponto de vista) e, da mesma forma, seus erros ortográficos ou de digitação, sem, no entanto, partir para um tom ofensivo e pessoal.
Você não conhece essa pessoa chamada Edilma, essa que acompanho desde a infância, portanto não poderia nem deveria analisar seu procedimento ao escrever taxando-a de pedante ou coisa que o valha.
Se quiser colaborar de forma construtiva, ajudando-nos a melhorar, que entre em contato conosco de forma civilizada e direta ( e, por favor, sem ofensas), pois fazê-lo em outro blog, sem que tenhamos nem a chance de tomar conhecimento da história, é como falar mal da vida alheia numa roda de fofocas.
Outro aspecto:
Quando se comenta um texto, aqui nos "bastidores", corre-se o risco de digitar de forma incorreta qualquer palavra que seja. O cuidado é menor do que o que ocorre com um texto que deve ser exposto como publicação. Por isso, procure não ser tão rígido quanto aos outros.
Escrever "excelente" sem X ou sem C para demonstrar o gosto por um determinado texto que se aprecia, não chega a ser uma demonstração de falta de conhecimento... Você nunca erra?
Deixo bem claro que estou aqui apenas para lhe pedir que procure outras "vítimas" em outros blogs para "massacrar"... Há maneiras mais serenas de se conseguir bons resultados. Uma prosa direta, poe exemplo.
viu só? errei!
poe exemplo = por exemplo
Claude
A percepção que temos das "intenções" ocultas nos textos varia de acordo com o repertório do leitor e, também, do grau de aproximação que temos com quem escreve. Eu sei que todos erramos, seria idiota se pensasse que não. E só fiz referência ao "exelente" porque ele apareceu muitas vezes (não como simples erro de digitação pois ninguém repete sempre o mesmo erro). Isso é uma bobagem. A pessoa pode escrever "pobrema" que eu entendo e aceito. Mas quando ela se coloca em um lugar de fala com ares de "autoridade" aí eu tenho que por o dedo na ferida. Você deveria perceber que a crítica, com ou sem ironia, é muito maias salutar do que o elogio "obrigatório". Se não cito nome na minha crítica é porque me interesso mais pelo pecado do que pelo pecador. E como assim não conheço "sua" amiga. Fomos vizinhos na rua da Vala e fui amigo de Edilsinho. Crítica e amizade não combinam muito bem. Como dizia Robertinho do Recife "O baby-doll de nylon não combina com você. Quanto à mídia esse é um dos temas de minhas aulas. Só aproveitei a oportunidade para compartilhar meu conhecimento do assunto.
E já que estamos no terreno da correção (construtiva) lembraria que tachar uma pessoa de alguma coisa se escreve com CH. Taxar com X significa cobrar taxas, impostos.
Ficaria muito contente de receber críticas ao meu texto pois só se aprende errando.Abaixo o pedantismo e viva a inteligência!
Escuso-me pela incorreção taxar/tachar... (desta vez eu ri)
Só depois de reler, percebi minha falha... Quando se escreve sob o efeito da emoção, fica-se passível de cometer esses erros. (E desta forma, direta aceito qualquer reprimenda... Mesmo porque não somos infalíveis...)
Obrigada por isso.
Mas quanto a Edilma ou quem quer que seja, não se pode julgar as verdadeiras intenções de quem escreve... Só imaginar.
Quem pode afirmar com segurança o que Clarice Lispector quis dizer com isso ou aquilo? A interpretação é coisa bem pessoal. Eu penso de uma forma e você de outra... E nem por isso teremos certeza que ela pensou o mesmo que nós ao escrever....
Bom você está cansado de saber disso.
De qualquer forma agradeço pela maneira que me respondeu.
Claude,
A escrita rápida dos comentários em blogs, redes sociais etc é cheia de erros. Quando escrevo emocionado também tendo a errar mais. Só me preocupo que relaxemos de vez com a nossa língua inculta e bela. As pessoas que arvoram a corrigir os outros no facebook escrevem textos com erros de regência e outras coisitas mais deixadas de lado, mas acham o máximo corrigir quem comete pequenos erros de ortografia. Acho uma pobreza de espírito.Mas muito pior que as minhas intervenções críticas (às vezes bem sucedidas, às vezes nãO)é a total apatia ou indiferença que as pessoas dedicam á maioria dos textos que circulam por aí (embora alguns mereçam essa apatia). Prefiro os linguistas (tipo Sirio Possenti) que percebem às mudanças da língua do que os gramáticos inflexíveis, presos à regras que não fazem mais sentido. Mas me aflijo quando leio as mensagens de minha afilhada no Facebook, que por ser de baixa renda estuda em escola pública de má qualidade ,que na sétima série ainda não consegue escrever uma frase inteira sem erros banais.No mais acho que devemos ter cuidado com nossas vaidades. Me dou (com próclise brasileira mesmo)o direito de criticar porque sou bastante tolerante à críticas.E não sou um 007 com licença para matar mas apenas um brasileiro de estatura mediana que, de vez em quando gosta de jogar bosta, no ventilador. E não jogo bosta na Geni e nem chuto cachorro morto. Minha fábula preferida é "A roupa nova do rei".
Falei de regência e engoli o SE de "se arvoram".
Mauricio,
O ambiente do facebook é mais dinâmico. Quase um bate-papo generalizado. Há realmente muito erro: (está/estar) plurais engraçados, regência/ concordância... e outros aspectos que "doem na vista" de quem prima pela legibilidade da linguagem escrita.
Eu, igualmente, não tolero o descaso que se costuma ter nos dias de hoje para com a nossa língua.
Infelizmente o "internetês" está impregnando a escrita dos jovens, sobretudo, por ser um recurso que otimiza o tempo de quem se comunica, mas que provoca um resultado praticamente irreversível, ao invadir as telinhas através da escrita no meio virtual. Isso afasta mais ainda os incultos da língua padrão .
Talvez esse seja o caso de sua afilhada. A influência que pode trazer a pressa na comunicação e a falta de base adquirida na escola onde os próprios professores grafam errado muitas palavrinhas tão comuns como "derrepente" ou coisa que o valha.
Desculpe, mas o sono chegou...
Sem mais por hoje. Boa noite
É verdade, Claude. As pessoas precisam ser poliglotas na própria língua. Saber usar as diferentes linguagens nos diferentes espaços.Nem 8, nem 80.
Cáspite ! (sem a ironia embutida na palavra), como gostei do debate entre os dois filólogos. Linda a defesa de pessoa e de vernáculo. Linda a defesa da escrita à flor da pele. Lindo o encontro de duas subjetividades expondo seus (des)acertos com tamanha pureza d´alma.
Aprendi muito com vocês naquilo que me ajuda a compreender a natureza humana.
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