A instabilidade econômica, social e política do século XX se
repete nesta primeira década do século XXI. Na cultura nem se fala, envolvendo
especialmente as fontes de mediação das comunicações entre as pessoas com a
chegada da internet. Este contato quase frente a frente entre as pessoas e suas
ideias. Agora mesmo saiu uma mensuração de qual seja o meio mais utilizado
pelas pessoas no Brasil e a Intenet já supera rádio, jornais e até televisão.
O fim da União Soviética foi tão marcante para os vencedores
políticos que o pensador americano Fukuyama declarou o fim da história. A
sociedade havia chegado ao arranjo a partir do qual não havia mais luta ou
revolução, só pequenos ajustes. Nem quinze anos se passara do livro e a
história continua numa escalada de lutas e mudanças igual às muitas décadas
fervilhantes do século XX.
Mas com uma grande diferença: nos anos 30 do século XX as
alternativas ao liberalismo eram todas autoritárias e as proposições democráticas
ainda não haviam surgido. Após a social democracia ter avançado em grande parte
do mundo e os direitos sociais dos negros terem se tornado políticos nos EUA, o
mundo se viu em nova crise. Esta atual.
Ainda é uma crise do modo de produção industrial, do sistema
financeiro, da sustentabilidade energética, de alimentos e água e da grande
parte da humanidade incorporada ao consumo mundial. Agora se marcha para o
verdadeiro sentido do universal. A hegemonia globalizada do sistema financeiro
está posta em questão.
Como remunerar as bolsas das classes ricas da América do
Norte e da Europa e não remunerar Chineses, Sul Africanos, Kenianos, as nações
dos Urais, a Índia? A Universalização é a grande crise econômica, política e
social. A universalização é a grande contradição da sociedade de classe. Quando
Marx convocava a unidade dos operários do mundo, a rigor levantava esta questão
de que a revolução já não seria de povos e nações, mas dos seres humanos.
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