TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

segunda-feira, 17 de junho de 2013

JR - "neo-colonialismo" - José Nilton Mariano Saraiva

Quando já pensávamos que, após 513 anos de vida, finalmente havíamos nos livrado da condição de “colônia” européia, eis que através do futebol descobrimos que não. E a constatação é de uma obviedade siderúrgica, hermética, irrecorrível (como diria Nelson Rodrigues): ao ser apresentado à torcida como novo jogador do time do Barcelona, o jogador Neymar entrou em campo já envergado a famosa camisa bicolor do novo time, só que com um pequeno detalhe: às costas, embora não constasse o número que irá usar (que tal o 17, idade da nova namorada global ???) lá constava a novidade, o JR. Sim, oficialmente agora ele passa a se chamar Neymar JR, embora tenha passado toda a sua vida futebolística brasileira usando apenas o nome Neymar. Não se sabe o “porquê” da mudança, mas, provavelmente, terá sido iniciativa-exigência do novo patrão. Como, "quem paga manda, obedece quem tem juízo..."
Pois bem, eis que agora, para surpresa de todos nós, no primeiro jogo da seleção brasileira pela Copa das Confederações, diante do Japão, aqui no Brasil, tomamos conhecimento da marmota descomunal: é que, além de envergar aquela que a mídia brasileira considera a camisa mais famosa (a de número 10) os “gênios” do futebol brasileiro resolveram repentinamente mudar a grafia do nome do jogador, agregando as duas letras – JR - garantidoras que existe, sim, o Neymar-pai.

Teria sido determinação do novo exigente patrão ??? Ou será que para agradar os europeus a cúpula da CBF resolveu que o que é bom para a Europa é bom também para o Brasil ??? Tal atitude poderia ser rotulada uma espécie de “neo-colonialismo” ???  

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