Quem
conhece um pouco da história política do Estado do Ceará sabe que o
“padrinho-político” de toda a família Ferreira Gomes foi o então Governador do
Estado, senhor Tasso Jereissati. Primeiro, ao indicar como seu líder na
Assembléia Legislativa o então desconhecido deputado Ciro Gomes; depois, ao
bancá-lo e dar-lhe todo o apoio para tornar-se prefeito de Fortaleza e,
posteriormente, Governador do Estado; mais à frente, seu respaldo foi decisivo
para que o protegido virasse Ministro de Estado.
Pois
bem, na carona de Ciro, vieram a própria mulher, a improdutiva Patrícia Gomes
(que chegou ao Senado Federal), e os irmãos Ivo Gomes (deputado estadual) e Cid
Gomes (atual Governador do Estado). Nada mais natural, portanto, que quando da
tentativa de reeleger-se para o Senado Federal, o “padrinho” contasse com o
apoio incondicional dos “afilhados”, já que a batalha se lhe apresentava como
das mais árduas. E aí, a grande decepção, uma das maiores traições já
verificadas na política: o bandear-se do Governador do Estado e irmãos foi
decisivo para que um simplório bancário-sindicalista (José Pimentel)
enfrentasse e vencesse o então todo poderoso senador Tasso Jereissati que,
profundamente decepcionado com a ingratidão (dizem que chegou às lágrimas),
resolveu abandonar a vida pública.
Mas,
como nada melhor que um dia atrás do outro com uma noite no meio, eis que, na
atual conjuntura, segundo pesquisa do Ibope (se bem que ainda faltando mais de
um ano para a eleição), o “padrinho” saiu na frente dos demais candidatos,
inclusive o bancado pelos “afilhados”, na corrida para a governança estadual. E
aí pintou a dúvida: será que, rancoroso e vingativo como o é, mas estimulado
pelas pesquisas, o senhor Tasso Jereissati voltará ao batente na tentativa de
vingar-se da traição dos Ferreira Gomes, naquele que poderia ser catalogado
como um verdadeiro “duelo de titãs” ???
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