“Meu padim, nos gramados do céu, é mais um craque a orar e proteger o
meu verdão”. (de um torcedor do Icasa e fanático do padre Cícero).
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Misturar devoção e fanatismo religioso com a emoção do futebol nunca deu
liga, jamais foi recomendável, constitui-se um tremendo despropósito. Até
porque, se a “coisa” entornar, indo na contramão do que se pretende, configura-se
uma ótima oportunidade para que os “pseudos” santos da vida sejam desmascarados,
na perspectiva de um resultado não desejável. A reflexão tem a ver com o time
do Icasa, de Juazeiro do Norte, que surpreendeu na recente disputa da Série B,
do Campeonato Brasileiro, já que esteve para se classificar para a Série A.
Fato é que, a partir do momento em que o Icasa “pintou” como a grande zebra
do torneio, já que entre os quatro clubes que se classificariam à Série A, de
pronto torcedores, experts, cronistas
esportivos, jogadores, diretoria, comissão técnica, torcida e mais alguns espertalhões
da vida resolveram atribuir e propagar aos quatro ventos que tão meritório
desempenho dar-se-ia em razão da ajuda de Cícero Romão Batista; e que, por sua
intercessão, um time do interior do Ceará figuraria entre os maiores do país;
que se tratava de mais um milagre de Cícero e tantas outras baboseiras da espécie. E então,
devidamente documentado pela televisão. tome visita ao tal Horto para rezar
junto à estátua, tome o pega-pega na bengala do dito-cujo, tome discursos
laudatórios como forma de expressar “mais um milagre” de Cícero e por aí vai.
Pois, coincidentemente, foi a partir daí, do momento da exteriorização
de toda essa inconseqüente gororoba, que o time do Icasa entrou em parafuso,
tremeu nas bases, desaprendeu de jogar e
terminou por perder a tão almejada classificação para a Série A, dentro de
casa, aos pés da estátua do “ingrato” Cícero Romão Batista.
Assim, tal qual lá atrás, quando o tal “milagre da hóstia” restou desmascarado
pela própria Igreja Católica, que considerou seu arquiteto-executor nada mais
que um grande “charlatão”, o “milagre do Icasa na Série A” não passou de mais
uma grotesca farsa que seria creditada a Cícero Romão Batista (aquele mesmo.
que se tornou podre de rico a partir do momento em que entrou para a política).
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