Pensava-se que a hecatombe resultante da fragorosa e imoral derrota do
Brasil para a Alemanha por inacreditáveis 7 x 1
e o conseqüente fim do sonho do hexacampeonato serviria para que mudanças
profundas fossem processadas no tocante ao comando do futebol nacional.
E a tal CBF, acossada pelo clamor popular e peitada por uma mídia que justificadamente
não lhe deu sossego um só momento, a partir de então, acusou o golpe e logo
entendeu que não tinha alternativa que não anunciar urgentes medidas nesse
sentido.
E aí, a primeira grande decepção: para começar, a convocação do
ex-goleiro da própria seleção, Gilmar Rinaldi, para ser o coordenador geral de
futebol da CBF (de todas as seleções da CBF), mesmo e apesar da sua atividade
(até o dia anterior), como “empresário de jogador de futebol” e, pois, sujeito
a legislar em causa própria.
E o despreparo do referido senhor para o cargo ficou explicitado
quando, em entrevista para o Grupo Bandeirantes (TV), dia seguinte à nomeação, foi
de uma tremenda sinceridade ou de uma imaturidade a toda prova, ao
declarar com todas as letras: “Eu não posso dizer que sou bonzinho, que sou
honesto, mas...“ (o vídeo está disponível na Internet).
Notaram o detalhe ??? O coordenador de todas as seleções de futebol do
Brasil (daqui pra frente), que até ontem vivia de percentuais de “comissões”
pela venda de jogadores, admite com todas as letras e sem o menor
constrangimento, que NÃO É HONESTO, mas que isso não influenciará o seu
trabalho.
Questionamentos que se impõem: isso é ou não é um mau começo ??? há
sinceridade ou sarcasmo na declaração do senhor em questão ??? com um perfil
desses, teremos realmente mudanças daqui pra frente ???
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