Tida e havida como uma pessoa tímida, recatada e prudente, Marina
Silva transfigurou-se numa espécie de “metamorfose ambulante”, por conta da pressão
pela qual passam os que se submetem à disputa do cargo maior da nação – a
Presidência da República.
Assim é que, dias atrás, sabatinada pelos matreiros e comprovadamente
antigovernistas jornalistas das Organizações Globo, ao referir-se às denúncias
que envolvem a Petrobrás foi de uma infelicidade a toda prova, quando acusou formalmente
a agremiação partidária que a projetou nacionalmente (o PT) de ter agido de má-fé,
já que... “um partido que coloca por 12 anos um Diretor para assaltar os cofres
da Petrobrás”.
Ora, todos que acompanham o imbróglio desde o princípio sabem que o
senhor Paulo Roberto Costa é funcionário de carreira da Petrobrás e que sua
ascensão na empresa deu-se exatamente durante os oito anos do governo FHC,
quando foi nomeado para sucessivos postos ou funções relevantes. Portanto, ele
lá já estava quando o PT assumiu o governo. Se os seus malfeitos não vieram a
lume naquela oportunidade, credite-se à existência de um tal “engavetador geral
da república”, (Geraldo Brindeiro) subordinado diretamente à Presidência da
República.
Agora, querer imputar a outrem um crime tão grave, somente por ouvir
falar, sem que tenha condição de representar em juízo (por absoluta falta de
provas), denota leviandade, despreparo e irresponsabilidade. Afinal, o ultraje
e a mentira nunca foram boas companhias.
Mas...
Como Marina Silva afirmou taxativamente que quando se defronta com
questões relevantes costuma consultar a Bíblia a fim de decidir o que fazer, se
lhe sobra uma nesga de honestidade deveria exercitar uma das recomendações
contidas em tal livrinho: pedir perdão àqueles que denegriu e humilhou (seus
ex-companheiros de partido). Quem sabe, assim garantirá seu passaporte para o
reino dos céus.
No mais, essas recorrentes contradições, equívocos e incoerências que
a candidata expressa quando questionada “ao vivo” caracteriza, sim, uma prova
contundente e insofismável de que não se acha preparada para ascender à chefia
da nação, porquanto lhe faltam sensatez e equilíbrio em momentos de tensão.
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