Je ne suis pas Lula, Dilma, Cardoso, Serra, Bolsonaro, le
Pape, le Clergé, le Patriarcha, Le Imam, Le Dalai-Lama.
Como não sou a comissão de frente da multidão que marchou em
Paris contra o fuzilamento dos cartunistas e jornalistas do Charlie Hebdo.
Como não sou os apressados que retiraram as charges do
Charlie do contexto para tentar provar que eles eram ao contrário do que se
diziam.
Como, também, não fui leitor do Charlie, mas sei da linhagem
crítica que sua editoria representou para a denunciar a ordem burguesa no mundo
todo. Assim como sei que o Charlie tinha lado e o lado numa escrita crítica é
sempre polêmico.
Como sei que a crítica ao capitalismo e à ordem burguesa
teve, durante os séculos XIX e XX três linhas de ação diferentes. Uma
reformista e duas revolucionárias. A social democracia é a que mais adiante foi
por ser reformista e aceitável pelo sistema até que o neoliberalismo deu um
chega para lá nela. As outras duas são revolucionárias com críticas entre
ambas: a anarquista e a comunista.
Como sei que que as palavras anarquismo e comunismo estão
inteiramente contaminadas de conteúdo ideológico e de acepções que nada
representam de sua matriz. É assim que a luta ideológica se faz, tentando
estigmatizar o adversário.
No dicionário que a nossa mente carrega, anarquismo, por
exemplo, é quase apenas sinônimo de caos e agora são aqueles jovens vestidos de
preto, os black blocs atirando pedras. Ou são aqueles assassinos, sabotadores e
terroristas entre o final do século XIX e XX.
Come je ne suis pas les drones et les assassinats sélectif. Estes
que são praticados pelas estratégias e táticas do imperialismo e do
neo-colonialismo.
Come je ne suis pas le lois de la charia et les martyrs
musulmam, esta prática de questionar a ordem por formas isoladas em que se mata
mas não se muda nada.
Como denuncio a ação imperialista americana e francesa sobre
a Líbia, o Iraque, a Síria, o Afeganistão, o Paquistão, descarregando uma chaga
de destruição em que todos se matam sem evoluir em sentido algum, a não ser
encharcar o terreno de sangue.
Je suis la liberté, la igualité et les droit humain et la
protection sociale.
Como sou a crítica permanente da civilização e seu
desenvolvimento além do estágio atual.
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