Pernósticos,
arrogantes, sarcásticos e aureolados (por conta própria) de um
certo grau de superioridade sobre os mortais comuns, os preguiçosos
e prolixos ministros que integram o Supremo Tribunal Federal
conseguiram o que seria impossível num país sério: que a sociedade
em peso alcunhasse o Poder Judiciário (brasileiro) como o mais
corrupto dos poderes (e, convenhamos, não é pouca coisa, se
levarmos em conta que temos um Legislativo repleto de ladrões e um
Executivo dominado por uma quadrilha de marginais, denunciados ao
próprio STF).
E
a figura emblemática e fiel de tal perversão é o truculento juiz
mato-grossense Gilmar Mendes, hoje o homem mais poderoso da nação
(a ponto de servir como conselheiro informal do gangster sem povo e
sem voto, Michel Temer, que “está” Presidente da República, via
golpe). Tivéssemos uma imprensa expedita, imparcial e atuante, a
pergunta que meio mundo e a outra banda gostaria que fosse feita,
desde lá atrás, seria: afinal, “QUANTO” ou “O QUÊ” o
ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, recebe por cada
um dos habeas corpus, que concede vapt-vupt, beneficiando bandidos de
alto coturno ??? (lembremo-nos que aqui no Ceará, nos plantões de
final de semana, os senhores Desembargadores recebiam R$ 150.000,00
por cada HC concedido).
Afinal,
e é só examinar a lista de “clientes” de Sua Excelência pra se
constatar que é composta só de marginais de alta periculosidade,
mas de bolsos recheados de dólares, euros e outros “abre cofres”
(Daniel Dantas, o “médico-tarado”, o chefe do jogo de bicho e
por aí vai). E seria pouco inteligente imaginarmos que Sua
Excelência se disponha a passar pelo corrosivo desgaste que há
tempos enfrenta apenas e tão somente pra se afirmar como um juiz
independente e corajoso. Aí tem propina e propina alta.
No
mais, e até porque o temem (e “tremem” de medo de enfrentá-lo,
por alguma razão), as demais “Excelências” que compõem o
Supremo Tribunal Federal não diferem muito do Gilmar Mendes: todos
se julgam acima dos mortais comuns. Todos são sarcásticos e
pernósticos. Espécie de semideuses ou “deuses depravados”, aos
quais são permitidos abusos de toda ordem.
Ainda
agora, argui-se a suspeição de Gilmar Mendes para julgar
determinados processos, porquanto seria como legislar em causa
própria, tal o grau de intimidade que guarda para com os acusados.
Para tanto, no entanto (sem trocadilho) constitucionalmente caberia
as “Excelências” do STF tomarem tal iniciativa, pondo-lhe
freios. Mas, se são iguais, como esperar que o façam ???
Estamos,
pois, queiram ou não admitir alguns, sob o tacão da ditadura
judicial.