TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

terça-feira, 2 de abril de 2019

O "PREDADOR" - José Nilton Mariano Saraiva


Para aqueles não muito íntimos com o vernáculo pátrio, a palavra “predador” comporta multifacetadas definições, dentre as quais poderíamos destacar: “o que destrói o ambiente em que atua, ou os elementos dele”.

Nos dias correntes, tal definição se adapta como uma luva à “excrescência” que, infelizmente para o nosso país, boa parte da população sufragou para a Presidência da República: Jair Bolsonaro.

Não propriamente porque seja um “tosco” (grosseiro, rústico, destituído de cultura e refinamento espiritual) mas, sim, por se nos apresentar como autêntica tragédia humana.

Participante do “baixo clero” da Câmara Federal (não confundir com “CÂMERA” Federal, conforme define o poliglota Sérgio Moro) por quase 30 anos, Jair Bolsonaro é aquela figurinha medíocre que nunca se preocupou em favorecer o povo, mas, sim, à bandidagem miliciana, responsável por sua ascensão, e dos filhos, na política (onde todo o clã está “empregado”).

Pois bem, agora mesmo, na viagem oficial que empreendeu aos Estados Unidos, Jair Bolsonaro envergonhou toda a nação brasileira ao se pôr de cócoras ante o exótico presidente americano Donald Trump, num festival de puxa-saquismo sem precedentes (não se cansou de afirmar ser admirador não só do próprio, mas, sim, da nação americana, e por aí vai).

Aproveitou para, literalmente, “doar” a Base de Alcântara, no Maranhão, onde os americanos, a partir de agora, poderão lançar seus mísseis e foguetes, ao bel prazer e com custo bem mais baixo, com o adendo que o local se tornará, a partir de então, área exclusiva e reservada para os gringos (brasileiro que incursionar por aquelas bandas deverá passar longe ou será expulso).

Não satisfeito, assinou tratado onde permite que os yankees que desejarem vir ao Brasil (sob qualquer pretexto) não precisarão mais apresentar o tradicional “visto de entrada” (sem qualquer reciprocidade), o que não é comum entre as chancelarias dos países (pra piorar, estendeu tal privilégio aos originários da Austrália, Canadá e Japão, transformando nosso país numa autêntica casa de mãe-joana).

Mas o pior e mais horripilante viria depois, quando, em reunião com empresários americanos, assumiu de vez sua porção de potencial “PREDADOR”, ao assegurar que não tinha sido eleito pra “construir”, mas, sim, pra “desconstruir” o Brasil.

E o retrato emblemático dessa sanha predatória podemos visualizar agora mesmo, no Ministério da Educação, onde um alienígena, que mal sabe falar português e já provou ser pouco dado à gestão, está destruindo de forma avassaladora uma área tão importante e fundamental.

Afinal, qual o país do mundo que se desenvolveu sem a participação real e efetiva da educação, da tecnologia e, em suma, do conhecimento ??? Até parece que Bolsonaro, face à sua ignorância e limites, almeja nos legar um país à sua imagem e semelhança.

Fica, então, a pergunta: o que fazer, visando obstar a chegada definitiva do caos ???




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