A
trajetória do economista Paulo Guedes é tão inexpressiva e vazia
que apenas dois fatos se destacam no decurso de toda a sua vida
acadêmica:
01) sua presença na equipe do governo do ditador chileno
Augusto Pinochet (interstício 1973/1990), onde participou da
implementação de um plano econômico que ainda hoje espalha seus
efeitos deletérios e maléficos sobre a população andina,
principalmente aos seus aposentados e pensionistas, hoje vivendo à
míngua em razão de; e,
02) sua posterior desastrada (para os
outros) atuação no mercado financeiro brasileiro (claro que à
falta de qualquer outra opção), onde atuou no manuseio de uma massa
gigantesca de recursos dos fundos de pensão de estatais, de lá
saindo (quando se descobriu a verdade) sob a acusação do
cometimento de portentosas fraudes em benefício próprio (dizem que
está “podre de rico”, em decorrência).
Fato
é que, com um “passado que condena”, reflexo da sua formação
superior em Chicago, considerada berço do ultra neoliberalismo, (já
que essencialmente “mercadista-privatista” e, consequentemente
sem nenhum apego à questão “socio-humanitária”, com todos os
efeitos perniciosos daí decorrentes), o certo é que num país sério
jamais uma figura como Paulo Guedes teria oportunidade de atuar
desabridamente em favor de um minúsculo segmento específico (os
abutres, formadores do tal “mercado”, como ele sempre foi), e em
desfavor dos menos favorecidos: toda uma população.
Quis
o destino, entretanto, que, tal qual uma alma penada, à sua frente
aparecesse de repente a figura desprezível de Jair Bolsonaro,
deputado integrante do baixo clero legislativo, sem noção de
absolutamente nada, em qualquer campo, mas que, por um aborto do
destino, foi surpreendentemente eleito Presidente da República,
oferecendo-lhe a ímpar oportunidade de comandar (na teoria e
prática) um país da imensidão do Brasil (tanto que o comparou a um
tal “Posto Ipiranga”, teoricamente um local onde tudo é
resolvido e todas as soluções são encontradas).
O
resultado, catastrófico e aterrorizante, está aí no nosso
dia-a-dia: uma nação de dimensões continentais, rica em recursos humanos e naturais, tida e havida com toda razão como uma futura potência
mundial (principalmente depois da descoberta do portentoso pre-sal,
no governo Lula da Silva), sendo literalmente entregue de mão
beijada à “gringarada”, ávida por sugá-la até nada mais
restar (não duvidem que se instalem aqui até militarmente após
assumirem a base de Alcântara), enquanto a privatização incontida
e desmesurada de empresas governamentais joga na rua e desemprega não
só pais de família, mas os próprios jovens (e tudo sob o comando
dele, Paulo Guedes).
Depois
do serviço feito e entregue, aí, lépido e fagueiro, o “chicago
boy” Paulo Guedes, como recompensa, assumirá alguma vaga
vitalícia num desses organismos americanos responsáveis por
desgraçar a vida de outros países, através de prepostos da sua
estirpe (como o fez Pedro Malan, outro vendilhão da pátria, na
época de FHC).
Quanto
ao seu patrão (Jair Bolsonaro, aquele que não sabe nada de nada)
voltará a comandar os “milicianos” do Rio de Janeiro, junto com
os filhos e com a proteção dos irresponsáveis integrantes do
Supremo Tribunal Federal (abonadores, desde sempre, de tudo isso que
está aí).
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