A “TERRA PROMETIDA” - José
Nílton Mariano Saraiva
No decorrer da Segunda Grande
Guerra Mundial, quando os nazistas, sob ordens de Hitler, invadiram a Polônia,
esta se tornou uma das principais protagonistas da hediondez que estaria por
vir adiante, já que escolhida pra abrigar os principais campos de extermínio dos
humanos apreendidos pelas tropas alemãs, a saber: Auschwitz, Belzec, Chelmno, Majdanek, Sobibor e
Treblinka.
E
em plena zona urbana, o “Gueto de Varsóvia” era a própria antessala do inferno:
separados por um muro que o isolavam da civilização, milhares de judeus
padeciam à espera de trem que os levaria aos campos de extermínio. E quem
tivesse o “privilégio” de embarcar num deles, de uma coisa tinha certeza: seria
uma viagem sem volta.
Eis
que agora, com a invasão da Ucrânia pela Rússia, a Polônia outra vez se
encontra sob a luz dos holofotes, em razão de ter se tornado numa espécie de
“terra prometida”, já que preferencial destino dos que tentam escapar da morte
iminente se de lá não se mandarem.
E
os poloneses têm se portado e se mostrado conscientes do papel que só um povo
que conheceu na pele os horrores da guerra pode demonstrar: assim, os
ucranianos são recebidos com todo carinho e gentilezas mil, com a certeza de
que estarão abrigados até que possam retornar à terra natal algum dia, a fim de
reconstruí-la.
Afinal,
trata-se da "terra mãe".
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