ESTADÃO CLASSIFICA BOLSONARO COMO "NANICO MORAL E POLITICO"
O jornal Estado de S. Paulo classificou o ex-presidente Jair
Bolsonaro, em editorial publicado
neste domingo, como um "nanico moral e político", após sua tentativa
de liderar uma rebelião contra a reforma tributária. "Sempre houve
especulações sobre o real tamanho que Jair Bolsonaro teria na vida nacional
após deixar a Presidência da República. O tema ganhou novo destaque após a
decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o tornou inelegível por oito
anos. Qual será de fato o papel do ex-presidente na política brasileira? Sem
poder se candidatar, qual será sua influência na vida nacional? Nesta semana, o
assunto saiu do campo da especulação e pôde ser observado na realidade",
aponta o texto, que trata da tentativa de sabotar a reforma tributária.
"A voz do autoproclamado grande líder da direita nacional – que se
apresenta como representante do liberalismo e dos interesses do empresariado –
deveria produzir alguma consequência sobre tema tão fundamental para o
desenvolvimento social e econômico do País. No entanto, a oposição de Jair
Bolsonaro à reforma tributária não gerou rigorosamente nenhum efeito. Nem no
seu partido nem também naquele que é considerado um dos principais sucessores
do bolsonarismo, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas",
acrescenta o editorialista.
"Bolsonaro nunca foi capaz de articular politicamente setores e
grupos da sociedade. Basta ver sua trajetória de trocas contínuas de legendas e
o fracasso, mesmo estando na Presidência da República, na hora de criar seu
próprio partido. Uma coisa é organizar motociatas ou ter muitos seguidores (e
robôs) nas redes sociais. Outra, bem diferente, é exercer uma efetiva liderança
política, congregando interesses por meio de ações políticas coordenadas",
prossegue o autor. "Se é triste constatar a diminuta dimensão moral e
política de quem ocupou a Presidência da República por quatro anos, é
alvissareiro reconhecer que Jair Bolsonaro volta a ter agora o exato peso que
sempre mereceu ter. A mais cabal e rigorosa irrelevância", finaliza.
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