VOA, PASSARINHO, VOA – José Nílton Mariano Saraiva
Quando se esperava que o transatlântico
de provas dos graves crimes cometidos por Jair Bolsonaro fosse o bastante e
suficiente para que se decretasse de imediato sua prisão, as autoridades
judiciárias do país relutam em cumprir tal desiderato, com o argumento de que
precisam primeiro submete-lo a constrangimento ante seus adeptos e à população
em geral, para só então fazê-lo.
A tese esposada é que precisam
deixa-lo sangrar abundantemente, a fim de, só então, ante a contundência das
provas apresentadas, obter o apoio da população para que seja tomada uma medida
mais grave e consentânea com as ilegalidades perpetradas, sem maiores reações
populares.
No entanto, estão dormindo no
ponto profundamente ou sendo muito condescendestes com o próprio, já que
deveriam pelo menos reter imediatamente os passaportes de toda a família
Bolsonaro, na perspectiva de que, em sendo uma figura sem caráter, além de
medroso e fujão, ele de repente se mande para além mar, e saia impune de tudo
isso, passando a conspirar e estimular seu gado, com maior ênfase ainda, lá de
longe (porque o deixaram fugir).
Do jeito que a coisa está
sendo feita, é como se lhe passassem um recado breve e objetivo: “voa,
passarinho, voa”.
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