A HISTÓRIA DA “RODA”
Os historiadores, cientistas,
antropólogos – e todo mundo que estuda o desenvolvimento da raça humana –
concordam num ponto; o fato que mais contribuiu para o progresso da civilização
foi a invenção e o aperfeiçoamento da roda.
Não se sabe exatamente quem inventou a roda, nem quando, nem
como. Provavelmente a ideia inicial veio por obra do acaso. O homem primitivo
pode ter usado um tronco roliço para ajudar mover alguma coisa. Ou,
simplesmente algum troglodita pode ter escorregado numa pedra roliça e percebido
que ela servia para deslizar.
Na verdade, qualquer dessas coisas pode ter acontecido, pois muitos
inventos nasceram assim: por acaso. O fato é que a roda surgiu há muitos
milênios, quando ainda nem existiam documentos para registrar acontecimentos
históricos. Sabe-se apenas que a roda já era usada na Europa Central e no
Cáucaso por volta de 3 500 anos antes de Cristo.
Sem a invenção da roda, é bem provável que ainda estivéssemos
naqueles tempos primitivos. Sem ela, é quase impossível imaginar qualquer carro
ou máquina. Só para você ter uma ideia: pense em qualquer invento moderno:
avião, relógio, bicicleta, locomotiva, motor…A roda está em todos!
Por outro lado, a invenção da roda merece admiração porque não
existia, para ela, nenhum modelo na natureza. Dessa vez o homem não se serviu
de nada que já existisse: criou algo original. Antes arrastava-se pesadas
cargas sobre uma espécie de trenó, ou sobre paus roliços. A ideia consiste em
substituir paus roliços por um eixo fixo, em cujas extremidades colocaram
discos de madeira – a roda.
O trenó ajudava, mas quando surgia uma pedra no meio do
caminho…Era aquele trabalho! Se o trenó tivesse rodas isso não aconteceria: as
rodas poderiam passar por cima das pedras. Essa é justamente, uma das grandes
vantagens que a roda trouxe: sendo redonda, ela evita os choques com pequenos
obstáculos, passando por cima deles.
As rodas antigas de madeira, entretanto, eram logo desgastadas
pelo atrito com as pedras e obstáculos dos caminhos. Mas um dia o homem
aprendeu a usar o metal; logo as rodas ganharam uma sola de ferro que as
tornaria mais resistentes.
Os egípcios, depois os gregos, depois os romanos foram
aperfeiçoando a roda. Carroças, bigas romanas – o uso da roda se ampliava e
logo era usada nos primitivos instrumentos: rocas (uma roda movida a pedalada
ajudava a tecer panos); rodas nos moinhos de água; rodas de pedras para afiar
facas e machados.
A roda entrou, por fim, em todas máquinas importantes da
civilização moderna: as grandes rodas metálicas das locomotivas, os pneumáticos
das bicicletas, dos carros, dos aviões. Toda a estrutura do relógio, por
exemplo, é baseada em roda.
Para percorrer a mesma distância uma roda grande leva mais tempo
para dar uma volta completa do que uma roda pequena, certo? Por isso, uma roda
grande engrenada (através de “dentes”) numa roda menor faz a menor andar mais
rápido: enquanto a grande dá uma volta, a pequena pode dar duas ou mais.
Assim se obtém a diferença entre os ponteiros das horas, minutos
e segundos: cada uma tem uma roda girando a velocidade diferente.
Motores, hélices, máquinas de impressão, projetores de cinema,
gravadores de fitas, cérebros eletrônicos – para não falar das rodas gigantes e
tantos outros brinquedos de diversões – quase não existe uma só máquina
importante que não utilize roda, de alguma forma.
Portanto a roda é o “maior” dos inventos humanos.
Fonte: INTERNET
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