TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

sábado, 4 de maio de 2024

 

BYE BYE “FIDELIDADE” – José Nílton Mariano Saraiva 

Produto de uma cultura milenar bastante arraigada em todos os quadrantes do planeta (embora não necessariamente difundida) é comum e tornou-se praxe que o homem, ao decidir-se por casar e constituir família (depois de farrear e brincar à exaustão) procure uma mulher de idade inferior à sua (nem que a “distância” não seja tão grande), até pelo próprio desgaste físico-biológico ao qual a fêmea é submetida no matrimônio (quando, por exemplo, vive e realiza o sonho de tornar-se mãe, desejo de toda mulher) ou, ainda, pela latente sensibilidade e a exacerbada preocupação com a rotina diária da família.


Um parêntesis: Temos consciência, de antemão, que alguns, mais românticos e sonhadores, hão de contestar e até não aceitar tal tese, alegando “preconceito” por parte de quem a esposa, naquela perspectiva de que, quando existe o “amor verdadeiro”, o “amor pra valer”, a “química necessária”, pouco importa, a idade não deve ser levada em consideração.


Os fatos, entretanto, estão aí mesmo pra comprovar e corroborar: embora existam (em qualquer lugar do mundo), são raros os casamentos onde o homem é mais novo que a mulher e, quando tal acontece, normalmente - ressalvadas as famosas exceções de praxe e dignas de encômios (quando os dois vivem felizes para sempre) a tendência é que a indissociabilidade da união vá pro brejo, de forma inexorável (e com doloridas cicatrizes e acusações de parte a parte).


A reflexão acima tem a ver com o casamento do herdeiro do “trono inglês”, William (28 anos, à época), com a plebeia Kate Middleton (29 anos), numa cerimônia repleta de fausto e pompa, que a TV tratou de transformar num espetáculo de gala, transmitindo-o para todos os continentes, durante horas.


Na oportunidade, à tona vieram alguns “pequenos detalhes”, que vale relembrar: 1) William é filho do “insosso” Charles (hoje, “Rei”), aquele que tem cara, jeito e atitudes de babaca, e que largou a bela Diana (mãe do William que, desprezada pelo marido, sapecou-lhe “chifres” a torto e a direito) para juntar-se a uma anciã já casada (Camila, com o dobro da idade dele), e à qual confidenciou (quando ainda casado com Diana), que gostaria de ser o seu “tampax” (para os mais “puros e recatados” , que o desconhecem, trata-se de um dos absorventes íntimos, usados prelo mulheril); 2) antes de casar, William e Kate já moravam juntos por uns tempos (os adeptos da virgindade devem tremer nas bases), quando colegas de Universidade, e ela chegou, inclusive, a deixá-lo a ver navios, obrigando-o a implorar-lhe perdão para tê-la de volta (temos aí um futuro “barriga branca” ???); 3) talvez por isso mesmo, ela exigiu (com que intenções ninguém sabe) que fosse abolida do cerimonioso ritual do casório a cláusula em que publicamente juraria fidelidade ao marido (e assim foi feito); 4) embora permanentemente falido, o “Estado” britânico abriu as torneiras e disponibilizou, na oportunidade,  algo em torno de dezesseis bilhões de reais com a cerimônia, sem contar com o que foi gasto pela própria realeza.


Alfim e ante isso tudo, uma perguntinha tanto simplória quanto realista: como já se tornou comum referir-se e evocar a rainha da Inglaterra quando tratamos de “inutilidade”, “desnecessidade” e/ou “desperdício”, para que existe mesmo a monarquia britânica, com toda a sua cafonice e custo estratosférico ??? Por qual razão não implodi-la de vez, mandando o exército de malandros que a compõem trabalhar duro pra ganhar a vida ???

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