TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

segunda-feira, 14 de outubro de 2024

 ANDRÉ FERNANDES: NEGACIONISMO E INCOMPETÊNCIA – José Nílton Mariano Saraiva

Ao alvorecer do ano corrente, quando ainda se apresentava como pré-candidato à prefeitura de Fortaleza, o bolsonarista-raiz André Fernandes anunciou com estardalhaço desmedido que a médica cearense Mayra Pinheiro seria sua secretária de Saúde caso fosse eleito. Sem dúvida, uma sinalização preocupante sobre o tipo de gestão caótica e irresponsável que pode estar por vir.

Fato é que, se confirmada a escolha de Mayra Pinheiro para a Secretaria da Saúde de Fortaleza, teremos um sinal eloquente de que nossa capital pode ser jogada de volta ao mais sombrio negacionismo que marcou o Brasil durante a pandemia, porquanto tratar-se de uma gestora que já, didática e comprovadamente, demonstrou desprezo pela ciência e uma devoção cega a ideologias ultrapassadas, custando vidas e jogando a saúde pública no abismo.

O Brasil todo sabe, inclusive o próprio André Fernandes, que Mayra Pinheiro surgiu no cenário nacional como secretária do Ministério da Saúde no caótico governo Bozo, e personifica tudo o que deu errado no combate à Covid-19, no Brasil.

Assim, enquanto o mundo todo lutava contra a pandemia com base em evidências científicas e orientação de especialistas, Mayra Pinheiro se dedicou ferozmente à promoção de medicamentos comprovadamente ineficazes, como hidroxicloroquina e vermicidas. Sua defesa obstinada desses tratamentos, sem qualquer respaldo científico, contribuiu diretamente para a desinformação em massa, colocando a vida de milhares de brasileiros em risco e matando outras centenas de milhares.

Como olvidar, por exemplo, a tragédia da sua gestão na saúde pública, culminando na inaceitável crise do oxigênio em Manaus, em janeiro de 2021, onde a ineficácia e a irresponsabilidade foram elevadas a níveis horrorosamente apavorantes.

Assim, enquanto pacientes morriam asfixiados (e o então presidente Bozo grotescamente imitava-os em frente às câmaras de TV),   Mayra Pinheiro pressionava autoridades locais (de Manaus) a distribuírem o famigerado "kit Covid", composto por medicamentos sem eficácia comprovada.

Como se isso não bastasse, ela também esteve à frente do lançamento do aplicativo TrateCov, uma ferramenta bizarra que, inacreditavelmente, prescrevia esses remédios até para bebês.

Por tudo isso, fica explicitado, de forma contundente, que a escolha de Mayra Pinheiro para gerir a Saúde da nossa capital é um sintoma claro do tipo de governo que André Fernandes pretende implementar — um governo guiado por ideologias destrutivas e teorias sem base científica.

Fortaleza merece um futuro de saúde pública que priorize o bem-estar da população e a ciência, não um retrocesso carregado de negacionismo e incompetência tão comuns sob Mayra Pinheiro.

E não se esqueçam, nunca e em tempo algum, que referida figura (Mayra Pinheiro) achou por bem se vacinar, às escondidas, embora pregasse aos ignaros, de público, que fugissem da vacina.

Hipocrisia pura, na veia; blasfêmia, sem tergiversações, elevada ao cubo.  

domingo, 13 de outubro de 2024

 A PROPÓSITO DA POSSIVEL VOLTA (QUE PERSPECTIVA TERRÍVEL) DA “CAPITÃ CLOROQUINA” À CENA POLÍTICA CEARENSE, ATRAVÉS DO ANDRÉ FERNANDES, NÃO CUSTA LEMBRAR QUE

“O BRASIL DEMOROU DÉCADAS PRA CONSTRUIR UM DOS MELHORES PROGRAMAS DE VACINAÇÃO DO MUNDO, E FAZER UMA POPULAÇÃO INTEIRA CONFIAR NELA.
VIDA INTEIRA DE PROFISSIONAIS SÉRIOS E DEDICADOS À SAUDE, ATUANDO NOS BASTIDORES E NA LINHA DE FRENTE. MILHARES DE “ZE GOTINHAS” SUARAM NA FANTASIA EM INÚMERAS CAMPANHAS.
É UM ORGULHO NOSSO, SOMOS EXEMPLO PARA O MUNDO; PORTANTO, NÃO DEIXEM JOGAR ISSO FORA POR POLÍTICA E POR PESSOAS COM PÉSSIMA ÍNDOLE E INSTRUÇÃO PESSOAL, COM FORMAÇÃO SEVERAMENTE DEFEITUOSA DE MENTE, ALMA E CARÁTER”.
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A VOLTA DA “CAPITÃ CLOROQUINA” ??? - José Nilton Mariano Saraiva

Anos atrás, depois de fracassar na sua tentativa de chegar ao Senado Federal, mesmo com o apoio do então poderoso padrinho Tasso Jereissati, a médica pediatra cearense Mayra Pinheiro arranjou uma “boquinha” em Brasília e foi nomeada pelo então ministro Luiz Mandetta para um cargo comissionado no Ministério da Saúde (possivelmente por indicação do “gabinete do ódio”), já que bolsonarista de primeira hora.

Conhecida por sua intransigente defesa da cloroquina no combate ao uso da Covic 19, do tratamento precoce, da tese da imunização do rebanho, e por não ligar nem um pouco para o distanciamento social (bandeiras do “chefe”, o Bozo), logo recebeu a alcunha de “capitã cloroquina”.

Inimiga de primeira hora do PT, de Lula da Silva e Dilma Rousseff e seus seguidores, há diversas gravações e documentos onde a “capitã cloroquina” promove o “kit covid” e uma em que ataca os próprios colegas, além de  acusar a respeitável Fiocruz de ser um QG de esquerdismo e de “políticas LGBTI” na Saúde; também de ter a réplica de “um pênis” gigante em sua entrada e de financiar a ida de médicos e pesquisadores a Brasília para “andarem nus e fazerem cocô em crucifixos”.

Lá atrás, a Capitã Cloroquina também participou de deseducadas e barulhentas manifestações contra os médicos cubanos que, contratados pelo Governo Federal do PT para irem servir em áreas remotas do Brasil, não aceitas pelos médicos brasileiros (cerca de 800 localidades), se prestavam a isso.

Mais tarde, chamada a depor como testemunha na CPI da Covid, “amarelou” vergonhosamente ao apelar ao Supremo Tribunal Federal para que lhe concedesse uma habeas corpus desobrigando-a de ser responder às muitas perguntas que decerto lhe seriam feitas; não só conseguiu, assim como teve o direito de se fazer acompanhar por um advogado (o também cearense Djalma Pinto).

Como se previa, enrolou, gaguejou, embromou e só respondeu às perguntas que lhe eram convenientes, fugindo do essencial, além de negar a informação dada pelo próprio ministro de que fora ela responsável por um certo aplicativo, de resultados direcionados e únicos (tanto que quando descoberta a fraude logo foi retirado do ar).

Em 2008, ao participar do processo seletivo para professora de Neonatologia da Universidade de Fortaleza (Unifor), foi desclassificada ainda na primeira fase, por incluir no seu “Currículo Lattes”, como se fosse de sua autoria, um artigo de uma colega médica (na oportunidade, covardemente culpou um servidor da instituição, que teria cometido um banal e simplório... “erro de digitação”).

É bom recordar tudo isso, nos dias atuais, já que o candidato à Prefeitura de Fortaleza, André Fernandes, anunciou, quando ainda era pré-candidato à Prefeitura que, se eleito, a CAPITÃ CLOROQUINA será a Secretária de Saúde da nossa capital.

Alfim, uma revelação chocante: a médica Mayra Pinheiro tomou a vacina, sim (assim como seu “chefe”, o Bozo), embora não a recomendasse aos mortais comuns.