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domingo, 13 de outubro de 2024

 

A VOLTA DA “CAPITÃ CLOROQUINA” ??? - José Nilton Mariano Saraiva

Anos atrás, depois de fracassar na sua tentativa de chegar ao Senado Federal, mesmo com o apoio do então poderoso padrinho Tasso Jereissati, a médica pediatra cearense Mayra Pinheiro arranjou uma “boquinha” em Brasília e foi nomeada pelo então ministro Luiz Mandetta para um cargo comissionado no Ministério da Saúde (possivelmente por indicação do “gabinete do ódio”), já que bolsonarista de primeira hora.

Conhecida por sua intransigente defesa da cloroquina no combate ao uso da Covic 19, do tratamento precoce, da tese da imunização do rebanho, e por não ligar nem um pouco para o distanciamento social (bandeiras do “chefe”, o Bozo), logo recebeu a alcunha de “capitã cloroquina”.

Inimiga de primeira hora do PT, de Lula da Silva e Dilma Rousseff e seus seguidores, há diversas gravações e documentos onde a “capitã cloroquina” promove o “kit covid” e uma em que ataca os próprios colegas, além de  acusar a respeitável Fiocruz de ser um QG de esquerdismo e de “políticas LGBTI” na Saúde; também de ter a réplica de “um pênis” gigante em sua entrada e de financiar a ida de médicos e pesquisadores a Brasília para “andarem nus e fazerem cocô em crucifixos”.

Lá atrás, a Capitã Cloroquina também participou de deseducadas e barulhentas manifestações contra os médicos cubanos que, contratados pelo Governo Federal do PT para irem servir em áreas remotas do Brasil, não aceitas pelos médicos brasileiros (cerca de 800 localidades), se prestavam a isso.

Mais tarde, chamada a depor como testemunha na CPI da Covid, “amarelou” vergonhosamente ao apelar ao Supremo Tribunal Federal para que lhe concedesse uma habeas corpus desobrigando-a de ser responder às muitas perguntas que decerto lhe seriam feitas; não só conseguiu, assim como teve o direito de se fazer acompanhar por um advogado (o também cearense Djalma Pinto).

Como se previa, enrolou, gaguejou, embromou e só respondeu às perguntas que lhe eram convenientes, fugindo do essencial, além de negar a informação dada pelo próprio ministro de que fora ela responsável por um certo aplicativo, de resultados direcionados e únicos (tanto que quando descoberta a fraude logo foi retirado do ar).

Em 2008, ao participar do processo seletivo para professora de Neonatologia da Universidade de Fortaleza (Unifor), foi desclassificada ainda na primeira fase, por incluir no seu “Currículo Lattes”, como se fosse de sua autoria, um artigo de uma colega médica (na oportunidade, covardemente culpou um servidor da instituição, que teria cometido um banal e simplório... “erro de digitação”).

É bom recordar tudo isso, nos dias atuais, já que o candidato à Prefeitura de Fortaleza, André Fernandes, anunciou, quando ainda era pré-candidato à Prefeitura que, se eleito, a CAPITÃ CLOROQUINA será a Secretária de Saúde da nossa capital.

Alfim, uma revelação chocante: a médica Mayra Pinheiro tomou a vacina, sim (assim como seu “chefe”, o Bozo), embora não a recomendasse aos mortais comuns.   

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