coisas pra dividir com meus irmãos kariris
apois então: não sei colocar músicas com áudio. mas quem se interessar, procure. o cara é do caralho, e a música é sensacional.
Não vou sair
(Celso Viáfora)
A geração da gente
Não teve muita chance
De se afirmar de arrasar de ser feliz
Sem nada pela frente pintou aquele lance
De se mudar de se mandar desse país
E aí você partiu pro Canadá
Mas eu fiquei no "já vou já"
Pois quando tava me arrumando
pra ir
Bati com os olhos no luar
E a lua foi bater no mar
E eu fui que fui ficando...
Distante tantas milhas
São tristes os invernos
Não vou sair
tá mal aqui
mas vai mudar
Os velhos de Brasília
Não podem ser eternos
Pior que foi
pior que tá
não vai ficar
Não vou sair
melhor você voltar pra cá
Não vou deixar esse lugar
Pois quando tava me arrumando
pra ir
bati com os olhos no luar
E a lua foi bater no mar
E eu fui que fui ficando...
2 comentários:
O olhar dos horizontes,
foco na fuga dos viajantes,
são, por mistério sem esquadro, acordes dos marcos fincados,
se a economia mundial deixar,
os idos retornam,
os estacionários se vão.
Estes fluxos e refluxos se nutrem da matéria do tempo e do espaço. E quando a alma enfastiada de tantos viveres e milhares de distâncias, se danam a falar dos tempos passados e das pessoas postas além do horizonte.
De vez em quando, mesmo que num verso apenas, um poeta agarra o fluído entre os dedos, apenas um milésimo de segundo e retorna às dimensões originais: sem tempo e espaço.
Como Lupeu às margens do São Francisco: bati com os olhos no luar/ e a lua foi bater no mar/ E fui eu que fui ficando.
"Bati com os os olhos no luar
e a lua foi bater no mar...!"
Melhor você voltar
pras bandas do Ceará!
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