No outro lado do oceano
tem um ente enigmático
hospedeiro da lua.
O sorriso largo -
e a alma pula
pelas frestas dos olhos.
Sempre que estou tristonho
vejo-me brilhando no outro lado do oceano -
o coração por um fio
segurando-se nos cílios.
E o meu querido ente enigmático hospedeiro da lua
sorri ainda mais largo que me caem aos pés seus marfins.
As palavras somem ou escapam
sob a sombra daquele velho feiticeiro.
Digo bulhufas pois já me entrego
em festejado silêncio.
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