Eles sabem que o medo atravessa
a porta fria onde um vulcão
despejou suas lágrimas
desejou seus gritos
Lábios assoreados pelos fatos,
os mais duros que as ruas prometeram
entregar em papéis de jornal velho
onde não se escreveram palavras de afeto
Lábios cansados, longe, e a saudade
de beijar as mais loucas bocas
marcas da meia noite, silêncio nas paredes
O que sobra das sombras ou do fogo,
quando chega sem pressa o solstício de verão
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