Nunca me satisfaço com os prazeres da carne.
Minha mente perturbada precisa de um suculento bife
de alucinações.
Perambulo entre meus vasos sanguíneos e as minhas ideias abstratas.
Meu corpo dedão de unha arrancada
minha alma de silêncio constrangedor
siameses da mesma epifania
e da mesma dor.
As flechas pontiagudas envenenadas
no meu peito primeiro partem
de quem muito me quer bem.
Aos senhores da verdade
não importa o ovo posto
por um galo de esporas.
Blasfemam.
Aos povos dizem que o poeta mente.
Ilusão?
O Messias fulminou a água em vinho.
Não o contrário.
Portanto, meus caros, bebamos vinho.
E amanheçamos com a alma tingida
no cálice.
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