Esta fábula é do grego Esopo e vou narrá-la para comparar com o comportamento de alguns políticos cratenses.
Três bois muito ligados dividiam tudo entre si: um dia, um leão não podendo saciá-los, devido a sua união convenceu-os a pastarem separadamente.
Pensando bem em decifrar o efeito moral desta fábula, nota-se que pessoa alguma pode conseguir bom desempenho em seu trabalho, sozinho, no meio dos inimigos. Se quiser viver tranqüilo é preciso afastar-se destes algozes e confiar mais nos amigos.
Partindo para um raciocínio digno lembro que a maioria dos políticos cratenses deixam de conviver com os amigos a fim a apoiar integralmente aos inimigos que vêm de fora. Privam o Crato de grandes melhoramentos, a não ser conseguir migalhas e facilmente entregar o ouro aos bandidos. Deixam de lado os amigos sinceros para contemplar o desrespeito e o desmerecimento causando prejuízo ao progresso dessa cidade. Por isso, Crato está se esvaziando e ninguém toma atitudes para evitar esses abusos artimanhosos de seus algozes, afastam o Crato do caminho do progresso acelerado.
Os homens de bem ficam alheios a essas mazelas e não abarcam a causa da justiça e do respeito para com o povo. Ultimamente, o Crato sofre desesperadamente devido o esquecimento e abandono das autoridades da esfera estadual. Nada trazem para cá. Isto considero um desaforo para os filhos amantes desta terra, pois são obrigados a gritarem sozinhos para ver se ao menos amenize o controle do desenvolvimento desta cidade.
Falam do Plano de Aceleração e Crescimento, mas não chega para o Crato.
Dizem que há projetos elaborados pela prefeitura mas só ficam no papel, projetos esses que datam de muito tempo. Apesar de tanta falação, não dão inicio as obras. É o caso da Escola de Agronomia e do Centro de Convenções. Falam, falam, mas cai no esquecimento.
Não se deve esquecer o esvaziamento desta cidade. Já levaram daqui várias instituições estaduais e federais consderando esta terra como sendo terra de ninguém. O que mais aflige é que os políticos não lutam, quedam-se na resignação, não reagem, dizem sempre amém.
Convém citar que os astuciosos e invejosos não deixam vir nada para o Crato. Tudo que vem é arrematado pelos pilantras do engodo.
Não deixam mais o Crato caminhar firmemente. É como se o nome do Crato fosse riscado do mapa. Toda a população tem desgosto desses políticos acomodados que acolhem mansamente as artimanhas para não vir nada para o Crato, a não ser migalhas, dizendo que sendo bom para lá é bom para o Cariri.
Esta conversa falaciosa deixa todo mundo revoltado e indignado. Agora, estão falando em zona metropolitana que seria um contra senso deixar o Crato de lado da zona de apoio, já que esta cidade foi o centro de desenvolvimento cultural, agrícola e política de todo o sul do estado. Lembro ainda, há mais ou menos dois anos, Crato perdeu o Centro Universitário que aqui seria localizado, patrocinado pela UFC. Devido às artimanhas políticas, Crato perdeu esse desenvolvimento educativo. Isto provocou reação de muitos cratenses, através de luta titânica patrocinado pelo Instituto Cultural do Cariri – ICC. Mesmo assim, estão fazendo vista grossa para que venha se estabelecer aqui a Faculdade de Agronomia como fora prometido.
Dizem com muito respeito, que os políticos desta terra não andam caminhando com firmeza e ficam atoleimados diante das palavras indecorosas desses algozes que só vêm aqui atrapalhar e confiscar todo o melhoramento da cidade.
Confirmo que o Crato é uma janela aberta para conectar as cidades vizinhas deste e de outros estados. Não conseguem satisfazer o desejo dessa população que é o de tornar esta cidade no maior Centro Universitário do interior do nordeste.
Recordem-se, ainda, que alguns políticos praticam o clientelismo fisiológico e procuram sanar os problemas com dificuldade, já que o dinheiro é pouco para a prática e bom desempenho administrativo.
Quero agradecer as palavras elogiosas dirigidas a minha pessoa pelo escritor cratense radicado em Fortaleza, filho do particular amigo, ex-vereador Pedro Saraiva de Macedo.
Muito obrigado senhor Zé Nilton, mas continuarei lutando por esta terra até o fim.
Crato, 16 de Abril de 2009.
PEDRO ESMERALDO
Um comentário:
Estimado Pedro,
Sinceros parabéns !!!
Com muita propriedade você encontrou e usou a palavra adequada e correta para designar o marasmo reinante no Crato: RESIGNAÇÃO.
Ficam com essa conversa mole de conurbação, de que uma universidade ou um grande estabelecimento que se instale na cidade vizinha beneficiará toda a Região do Cariri, que não devemos nos preocupar com isso porque o progresso espraiar-se-á de Juazeiro e Barbalha rumo ao Crato e por aí vai. E a nossa cidade cada dia afundando mais e mais.
Mostramos isso aqui, com números, dias atrás, através da postagem
"Regionalismo Zarolho", onde provado restou que de há muito ficamos prá trás, exatamente pela RESIGNAÇÃO dos nossos representantes.
Também, quem manda o povo do Crato votar em figuras mediocres como o Ciro Gomes, por exemplo, que na eleição passada tirou aí mais de 10.000 votos ???
Um dia eles aprendem... só que talvez seja tarde demais.
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