Por Daniela Desantis
ASSUNÇÃO (Reuters) - O presidente do Paraguai, Fernando Lugo, reconheceu nesta segunda-feira a paternidade de um menino de quase dois anos fruto de uma relação com uma jovem quando ele ainda era bispo da Igreja Católica, um anúncio que ameaça danificar a sua imagem e prejudicá-lo politicamente.
A surpreendente revelação colocou um ponto final nos dias de especulações sobre uma demanda judicial que exigia a Lugo o reconhecimento do menor. Os rumores causaram agitação na imprensa em plena Semana Santa.
"É certo que houve uma relação com Viviana Carillo. Diante disso, assumo todas as responsabilidades que possam derivar de tal feito, reconhecendo a paternidade do menino", disse Lugo em uma mensagem pela TV.
Segundo analistas, o acontecimento pode ser usado pela oposição para minar seu governo enquanto começam a ser vistas fraturas na coalizão governista e em um momento complicado da economia paraguaia, afetada pela crise econômica mundial.
"É uma oportunidade para a oposição enfraquecê-lo na medida em que há uma questão ética muito forte", disse à Reuters o analista político Jorge Pablo Brugnoni.
"É preciso ver os detalhes que possam surgir: a idade que tinha a jovem ao iniciar a relação e se (Lugo) não traiu a confiança dos familiares. São questões inclusive legais que podem esquentar o clima para um julgamento político", acrescentou.
O anúncio coincidiu com o início do processo judicial por parte de uma juíza da cidade de Encarnação, após a apresentação, na quarta-feira da semana passada, da demanda por parte de dois advogados, que logo foram desautorizados pela mãe da criança.
Segundo o documento, Lugo e a jovem mantiveram uma longa relação que se iniciou quando ele era bispo do Departamento de São Pedro e se hospedava na casa de uma madrinha da jovem, que tinha 16 anos na ocasião.A legislação paraguaia estabelece multa para adultos que mantêm relações sexuais com menores entre 14 e 16 anos, pelo delito de estupro.
"Com isso vão caindo muitas mentiras de Lugo. É um fato lamentável e mais lamentável é que quiseram encobrí-lo com uma conspiração", opinou o deputado opositor Víctor Bogado, em resposta a declarações de alguns assessores do governante que atribuíram o fato a uma campanha articulada por seus inimigos políticos.
Lugo renunciou ao sacerdócio para entrar na política e, depois de ter sido eleito presidente no dia 20 de abril de 2008, recebeu uma inédita dispensa do papa Bento 16 para exercer o cargo.
A Conferência Episcopal Paraguaia não se pronunciou sobre o tema. No entanto, alguns religiosos fizeram comentários pessoais, evidenciando posturas divididas.
O advogado do presidente, Marcos Fariña, anunciou que iniciaria nas próximas horas o processo legal para registrar como filho de Lugo o menor, que teria uma grande semelhança física com o presidente, de acordo com uma tia de sua mãe.
A surpreendente revelação colocou um ponto final nos dias de especulações sobre uma demanda judicial que exigia a Lugo o reconhecimento do menor. Os rumores causaram agitação na imprensa em plena Semana Santa.
"É certo que houve uma relação com Viviana Carillo. Diante disso, assumo todas as responsabilidades que possam derivar de tal feito, reconhecendo a paternidade do menino", disse Lugo em uma mensagem pela TV.
Segundo analistas, o acontecimento pode ser usado pela oposição para minar seu governo enquanto começam a ser vistas fraturas na coalizão governista e em um momento complicado da economia paraguaia, afetada pela crise econômica mundial.
"É uma oportunidade para a oposição enfraquecê-lo na medida em que há uma questão ética muito forte", disse à Reuters o analista político Jorge Pablo Brugnoni.
"É preciso ver os detalhes que possam surgir: a idade que tinha a jovem ao iniciar a relação e se (Lugo) não traiu a confiança dos familiares. São questões inclusive legais que podem esquentar o clima para um julgamento político", acrescentou.
O anúncio coincidiu com o início do processo judicial por parte de uma juíza da cidade de Encarnação, após a apresentação, na quarta-feira da semana passada, da demanda por parte de dois advogados, que logo foram desautorizados pela mãe da criança.
Segundo o documento, Lugo e a jovem mantiveram uma longa relação que se iniciou quando ele era bispo do Departamento de São Pedro e se hospedava na casa de uma madrinha da jovem, que tinha 16 anos na ocasião.A legislação paraguaia estabelece multa para adultos que mantêm relações sexuais com menores entre 14 e 16 anos, pelo delito de estupro.
"Com isso vão caindo muitas mentiras de Lugo. É um fato lamentável e mais lamentável é que quiseram encobrí-lo com uma conspiração", opinou o deputado opositor Víctor Bogado, em resposta a declarações de alguns assessores do governante que atribuíram o fato a uma campanha articulada por seus inimigos políticos.
Lugo renunciou ao sacerdócio para entrar na política e, depois de ter sido eleito presidente no dia 20 de abril de 2008, recebeu uma inédita dispensa do papa Bento 16 para exercer o cargo.
A Conferência Episcopal Paraguaia não se pronunciou sobre o tema. No entanto, alguns religiosos fizeram comentários pessoais, evidenciando posturas divididas.
O advogado do presidente, Marcos Fariña, anunciou que iniciaria nas próximas horas o processo legal para registrar como filho de Lugo o menor, que teria uma grande semelhança física com o presidente, de acordo com uma tia de sua mãe.
2 comentários:
Pois é, Zé Flávio, parece que já pode.
Pelo menos a Igreja não falou ainda em excomunhão. E olhe que quando o respeitável, austero e digníssimo bispo investiu contra a jovem, ele tinha 47 anos e ela 16 aninhos (ou seja, era menor de idade).
Um autentico lobo mau, não ???
É Zé Newton mas estrupro , pedofilia são pecados menores não previstos no Direito Canônico como passíveis de Excomunhão... Vamos legislar em causa própria.
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