TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

frente/inverso

Não vou adiante
Não adianta
Não adiante
Não adianto o ponteiro
A seta no fim dele
Número sempre outro
Que adianto às folhas, sequer às verdes
Nem adiantam rascunhos...
Não escrevo para contar
aos bolsos cheios de mão aberta
Às almofadas, cabeça pesada nem adianta
A questão elementar, de onde vim, cheguei
As pegadas não duram quando chove
chover é verbo sem sujeito
o índio chove, e de castigo
suas pegadas sumindo aos poucos do mundo
As respostas vindas do passado
Terra, terreno inóspito a qualquer um que nasce

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