TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

domingo, 16 de agosto de 2009

Dançar como Isadora

Esse tempo de texto uma válvula
uma vista só
na imortalidade das palavras
arquivocadas, esse medo útil, os mercadores
desse chip contra a morte de papel
o pensamento-marca, letra de carimbo

volátil a histeria convulsa
de um show ao ar livre, o corpo vivo
a mente nos sentidos, vibrante, rindo
a rima das festas, a funcionalidade orgânica

uma letra vem do corpo mudo e quieto e... menos
que um corpo cênico, do que as falas
no mais veloz movimento do homem por dentro
a calma do escritor
escorado na pedra o dorso na letra tecno-eterna
cruelmente não vale um beijo numa pedra
como as letras, as pedras
minerais,
válvula das rimas das festas

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