TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

sábado, 5 de setembro de 2009

Cadê o amor à pátria? – por Gerardo Lima



Sete de setembro!
Dia considerado como dia de nossa Independência.
Lembramos hoje, o quanto esse dia era esperado e festejado, principalmente para quem morava em alguma cidade do interior.
Era o dia de vestir a farda de gala, participar da banda de música, ter a honra de levar as bandeiras no desfile pelas ruas da cidade e sentir-se importante e muito mais patriota.
Eram ensaios e mais ensaios durante algumas semanas, porque, aquele momento, seria único naquele ano e se não houvesse dedicação, no próximo ano poderia ter alguém ocupando o lugar tocando na banda, desfilando (marchando), levando as bandeiras ou sendo mais importante em relação à exibição de patriotismo.
Hoje é lamentável e traz uma saudade que na realidade de hoje é tristeza. Não há respeito à Pátria, ao pavilhão nacional, aos símbolos nacionais como um todo e muito menos ao povo e à nação brasileira.
Por que tudo isso mudou?
Onde foi o amor a Pátria?
Os patriotas não existem mais?
Há somente patriotas oportunos?
Ou mais ainda, o povo brasileiro só canta sua liberdade nesse dia?
É difícil de aceitar, porque muitos dos que aí estão com a possibilidade de resgatar o amor a Pátria preocupam-se muito mais em levar vantagens individuais. A verdade é que o povo continua prisioneiro e sua liberdade fica dependente dos crimes, desejos e caprichos contra o patrimônio público e a injustiça social. Quero ainda registrar, o que considero uma inversão de valores. Não é fácil perceber que na época da copa do mundo, as calçadas, as ruas, as cidades se enfeitam de verde amarelo, as cores destaques da bandeira nacional e do uniforme, o famoso canarinho, a seleção canarinha. Não, não sou contra que vibremos com a seleção, mas pergunto: só o pão e o circo são suficientes para mostrarmos nosso amor à pátria?
Sim, soa ainda em meus ouvidos, o som dos tambores, o som do Hino Nacional que cantávamos todas às quartas-feiras no pátio da escola, onde em filas com o peito estufado e em posição ereta dizíamos: Pátria amada Brasil. O que fazer? Como resgatar tudo isso? Como educador, acredito que o início deve ser por onde diminuiu ou acabou o amor à Pátria. Os meios de comunicação, as escolas, as famílias e em qualquer grupo da nossa sociedade, mas antes é preciso refletir: Pátria amada idolatrada, salve, salve Brasil!

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