O tempo passa e eu não tenho sono.
Tudo, e ao mesmo tempo nada,
habita minha mente.
Não tenho lembranças da minha infância
me fazendo sorrir baixinho.
Não tenho amores escondidos (e nem conhecidos)
me fazendo sentir saudades,
delirar ou levitar.
Não tenho músicas tocando no aparelho de som
me fazendo recordar algo ou alguém.
Não tenho pessoas em meus pensamentos.
Não tenho preocupações em meus pensamentos.
Não estou doente.
Não sinto dor alguma.
Não tenho sentimentos aflorando.
Apenas escrevo.
Escrevo para que o tempo passe
e o sono me domine ou o dia amanheça.
Amanhã nem lembrarei o que sentia quando escrevi.
Talvez porque simplesmente não sentia nada.
Apenas escrevia.
Thiago Assis F. Santiago
4 comentários:
Olá,
eu queriia saber se posso ser uma das administradoras do blogger tbm.
Beiijos
Não Dinha, você é muito novinha.
Beleza, Thiago!
Sua leveza estava a fazer falta por aqui.
A poesia liberta.
E é fonte cristalina neste cenário árido de agora.
Não tarde a voltar.
Se o Thiago tivesse titulado o poema com INSÔNIA seria quase um pleonasmo. Aquelas insônias reais, cinza na madrugada, cheia do éter que suporta universos vazio; este é o sentido da insônia absoluta, aquela que não é mera ausência, mas o conteúdo do nada.
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