Na última quinta feira assisti à primeira sessão de cinema em três dimensões (3D) da minha vida. A nova moda dos estúdios Disney. O filme, Alice no País das Maravilhas ao qual fui apenas pela tecnologia 3D. O Jorge Fernandes, cineasta Gaúcho, já havia posto a nova versão no lugar devido. Das revisitas apenas pelas inovações tecnologias de obras literárias bem conhecidas.
Acontece que ali no final dos anos cinqüenta e início dos sessenta, surgiram algumas revistas na Livraria de Conceição Romão, que eram em 3D. Junto com a revista vinham óculos cujas lentes eram papel celofane, cada lente de uma cor: uma vermelha e a outra azul. Foi uma festa entre colegas do primário no Diocesano.
Imagine-se para um menino sitiante, sem luz elétrica, água encanada, mas com um canavial, uma floresta de encantos e um rio para brincar. A revista introduzia entre amigos do mesmo ambiente, algo efetivamente misterioso. Aquelas pessoas saltadas em relação à que vinha atrás. As montanhas como se fossem montadas numa caixa de madeira, o primeiro, segundo e elas no terceiro plano.
Já conhecia o efeito. Viera de presente por uma tia que fora ao Rio de Janeiro, a pedido da minha avó. Um daqueles aparelhos, assemelhados a um binóculo, nos quais se põem discos com slides duplos da mesma cena e ao olhar pelas lentes, se encontra uma cena tridimensional.
Afinal, qual a impressão da última quinta feira?
De banalidade.
Por vezes os efeitos que parecem se aproximar do nosso olho, mais representam um flash de luz do que algo sólido, embora a ilusão é de que o seja. Uma banalidade em camadas. O som já é “espacial”, as poltronas parecem veículos interplanetários, o cheiro de pipoca revolta igualmente o olfato e a digestão.
A banalidade da cachaça. Que de tanto embriagar transforma a singularidade de um momento numa esteira de produção em série. O cinema finalmente deixou o simbolismo daquela cena do Chaplin na linha de produção e ele mesmo caiu na monótona repetição do apertar de tantos parafusos.
Acontece que ali no final dos anos cinqüenta e início dos sessenta, surgiram algumas revistas na Livraria de Conceição Romão, que eram em 3D. Junto com a revista vinham óculos cujas lentes eram papel celofane, cada lente de uma cor: uma vermelha e a outra azul. Foi uma festa entre colegas do primário no Diocesano.
Imagine-se para um menino sitiante, sem luz elétrica, água encanada, mas com um canavial, uma floresta de encantos e um rio para brincar. A revista introduzia entre amigos do mesmo ambiente, algo efetivamente misterioso. Aquelas pessoas saltadas em relação à que vinha atrás. As montanhas como se fossem montadas numa caixa de madeira, o primeiro, segundo e elas no terceiro plano.
Já conhecia o efeito. Viera de presente por uma tia que fora ao Rio de Janeiro, a pedido da minha avó. Um daqueles aparelhos, assemelhados a um binóculo, nos quais se põem discos com slides duplos da mesma cena e ao olhar pelas lentes, se encontra uma cena tridimensional.
Afinal, qual a impressão da última quinta feira?
De banalidade.
Por vezes os efeitos que parecem se aproximar do nosso olho, mais representam um flash de luz do que algo sólido, embora a ilusão é de que o seja. Uma banalidade em camadas. O som já é “espacial”, as poltronas parecem veículos interplanetários, o cheiro de pipoca revolta igualmente o olfato e a digestão.
A banalidade da cachaça. Que de tanto embriagar transforma a singularidade de um momento numa esteira de produção em série. O cinema finalmente deixou o simbolismo daquela cena do Chaplin na linha de produção e ele mesmo caiu na monótona repetição do apertar de tantos parafusos.
Um comentário:
José...
Olha...Alice de Tim Burton...foi uma decepção para mim...por muitas razões...a Alice cresceu e perdeu sua inteligência e astúcia...
muitas cores...sem o lado sombrio de Tim Burton...que adoro...
O cine 3D...nesse filme...foi puro jogo de marketing...não tinham tantos efeitos que valessem o preço carérrimoooo...do ingresso...
Fora isso...tive que aguentar...o cheiro da pipoca com muita manteiga...antes mais uma cachaça...
Olha o cinema perdeu o charme...tudo virou um horrendo espetáculo de números e cifras...
beijos
Leca
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