TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

terça-feira, 5 de outubro de 2010

BYE BYE, TASSO - José Nilton Mariano Saraiva

Tal qual seu antigo chefe, o sociólogo poliglota FHC (aquele mesmo, que se vangloria de títulos e honrarias mil, mas que quebrou o Brasil em três oportunidades), o senhor Tasso Jereissati é parte integrante de uma elite privilegiada, acostumada à sofisticação e aos prazeres propiciados pelo vil metal (até jatinho particular tem).
Por isso mesmo, não gostou nem um pouco do “presentinho humilde” que o povo do Ceará lhe pôs às mãos nas eleições recém-findas: a “LANTERNINHA” de rabeira da competição para o Senado (dentre os candidatos com teórico potencial de voto) destinando-lhe menos de um quarto dos votos válidos (ridículos 23,70%).
Desacostumado a ser contrariado e acostumado a impor sua vontade imperial por cima de pau e pedra, ficou tão magoado, o coitadinho, que anunciou sua intenção de não mais concorrer a qualquer cargo público, o que causou verdadeiro “frisson” entre seus correligionários, que se postaram, inconsoláveis e pesarosos, a choramingar pelos cantos (um deles, aqui em Fortaleza, ao tomar conhecimento da “lavagem” que houvera sido impingida ao chefe, ficou tão abalado que foi hospitalizado às pressas, com problemas cardíacos; desconhece-se, se “bateu as botas”, ou não).
O que faltou ser dito, mas que lá está explicitado nas entrelinhas (pelo menos para os que têm um mínimo de perspicácia e honestidade), é que não é bem o senhor Tasso Jereissati que está deixando a vida pública; é o povo do Ceará, soberano e consciente, que o está aposentando compulsoriamente (e de forma humilhante), cansado da sua soberba, arrogância e prepotência (é o inimigo público número um do funcionalismo público, por exemplo).
Com relação à sua tardia mágoa dos Ferreira Gomes, nenhuma novidade. Não é a primeira
nem será a última vez que a “criatura” se volta contra o “criador”, sufocando-o impiedosamente (principalmente quando está em jogo a afrodisíaca busca e detenção do poder), como, aliás, o próprio Tasso Jereissati mostrou anos atrás, ao deixar na completa orfandade (sem pai nem mãe, parentes ou aderentes), o responsável por sua unção à vida pública, ex-governador Gonzaga Mota. Não existe um ditado que prega que "o que aqui se faz, aqui se paga" ??? Pois é, galêgo !!!
Assim, por mais paradoxal que possa parecer, os Ferreira Gomes acabam apenas e tão somente rendendo uma singela homenagem ao “professor” Tasso Jereissati, ao lhe mostrarem que seus “nobres” ensinamentos foram absorvidos na plenitude (aprenderam bem diretinho a lição).
Bye bye, Tasso, já vai tarde.

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