TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

A Revolução Bolivariana não faz mal para a América Latina

Europeus praticando a "encomienda" sobre os nativos. E não tem gente que ainda defende essa primeira forma de exploração? 

Na história de saques, colonização, escravidão e exploração do continente latino-americano, muitas concepções e projetos se apresentaram. Apesar das diversas nuances, duas posições principais confrontaram-se. Uma sempre ligada aos projetos dos colonizadores e dos neocolonizadores, em vários momentos dessa história. Que sempre encontrou a guarida das classes dominantes locais, que alguns insistem em chamar de "elites".  É o "grupo" ou "partido" dos caudilhos, dos déspotas locais, dos que serviram à Metrópole e que insistem ainda hoje na manutenção do subdesenvolvimento. São aqueles que acham que o Brasil é para apenas uns vinte milhões de brasileiros. O resto, ah, o resto é para ficar na senzala... 

Nesse partido estão os "Joaquim Silvério dos Reis" da vida, os condes, marqueses, viscondes... Os Barões do Café, da escravidão, do latifúndio. Hoje são representados nas UDR's da vida, na "Tradição, Família e Propriedade" - TFP e outras associações. Deles podemos esperar a defesa do que mais de reacionário e servil ao grande capital se pode achar. (Na verdade, o capital nem liga para eles, mas que eles adoram as migalhas, ah isso, adoram!!!)  

Seus ancestrais eram contra os quilombos no passado, contra o fim da escravidão. "Analfabetismo? Ora, isso é culpa dos pobres que são vagabundos"...    A nova versão seria: "Bolsa-família é um bolsa-esmola". E por aí vai. 

Do outro lado, houve várias experiências e tentativas de romper com esses laços de submissão, desigualdade, miséria. Geralmente derrotadas num primeiro momento, deixaram sementes que frutificaram. Falo dos diversos movimentos que buscaram uma alternativa. Certos ou errados, tentaram um caminho sem se submeter aos senhores da Casa-Grande. Mesmo que na senzala existam alguns que fiquem a bajular esses senhores em troca de uma vã esperança de serem reconhecidos... 

Foi Tupac Amaru, Zumbi dos Palmares, o negro Cosme, insurretos dos Malês na Bahia, Manoel Congo em Vassouras, os revoltosos da Cabanagem. Foram os guerrilheiros cubanos de Sierra Maestra, os zapatistas do México, os indígenas do Equador, Bolívia, Peru. O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra,  do Brasil. 
Os bolivarianos na Venezuela continuam essa tradição. A mídia comercial e golpista brasileira insiste em falar em "chavismo", tentando desqualificar mais este movimento. Como faz quando tenta desqualificar os movimentos legítimos do povo. Nunca usa a expressão "Bolivariana". Usa o termo "chavismo". 

É fácil entender o motivo de tanta raiva, irritação e desprezo pela verdade. Afinal, as famílias que comandam os grandes meios de comunicação tinham que estar do lado de lá, do lado do servilismo e da bajulação. Eles se acham aristocratas, "brancos e limpinhos", "moralistas e éticos", "cristãos do bem". Como viveriam sem a senzala e sem lamber as botas dos neocolonizadores. 

Continuemos a luta dos insurretos e dos revolucionários na busca pela justiça, pela liberdade e por uma pátria sem fome e miséria. E saibamos mais sobre os lados contendores, busquemos as fontes!

Deixo dois links que dizem respeito a duas concepções diretamente opostas. Um é o da TFP, outro é o Blog de Hugo Chavez. Leiam e vejam como são concepções bem distintas de mundo. E reparem que a Revolução Bolivariana não quer acabar com a liberdade, com a justiça e com mais nada que alguns vassalos tentam disseminar. 


  
      

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