Volto a falar dos movimentos e dos partidos Verde. Uma novidade da metade do século XX para agora. Um Partido que foi a terceira força mais votada nas eleições do primeiro turno do Brasil. Uma força política capaz de galvanizar, mesmo que a depender de algumas razões de campanha eleitoral, o eleitorado que teve, não é de se desprezar na argumentação política.
Agora todos esperam as grandes bandeiras do Partido Verde Brasileiro, suas lutas principais e suas idéias mais marcantes de país. Uma dos grandes dilemas do Partido Verde e dos movimentos que gravitam no seu entorno é a ampliação dos seus próprios paradigmas de luta política: conservacionismo e desenvolvimento sustentável.
Um paradigma a ser conquistado é a modificação completa de toda a cadeia produtiva da humanidade como a compreendemos hoje. Isso implica uma luta não menos contraditória do que os socialistas tiveram com o sistema produtivo capitalista. A sociedade que emergiria de uma modificação destas já não cabe no modelo clássico de acumulação e tem uma imensa contradição com o sistema financeiro mundial que é a ponta mais avançada do atual capitalismo.
É importante que se tenha em mente que todo sistema econômico, como o capitalismo ou socialismo, se fazem sobre a plataforma de instituições: a forma de propriedade, o modo produção, as forças produtivas e assim por diante. Uma mudança de paradigma do movimento e partidos Verdes implica nisso tudo. O melhor exemplo é o que o veterinário e pos-graduado em Administração de Empresas e colaborador de diversos jornais mexicanos e espanhóis, Gustavo Duch Guillot alerta sobre a fome e o esgotamento das reservas de Petróleo.
Normalmente o Petróleo se associa com a movimentação de veículos e com alguns materiais como fio de tecido, plásticos e a química de drogas e tintas. É raro se ler algo que analise as repercussões para a vida prática das pessoas, especialmente dos seus alimentos. Isso é o que Gustavo Guillot aponta entre outros efeitos.
O modelo de agricultura e alimentação é inteiramente dependente do petróleo, seja para irrigação, coberturas de plástico para resolver problemas de solo degradado, uso intensivo de pesticidas, herbicidas e fertilizantes, mecanização (plantio, colheita e transporte) da lavoura e o comércio continental e intercontinental de produtos alimentícios. Hoje mesmo tomei café com melão do São Francisco, queijo de Minas Gerais, leite de São Paulo e café do Paraná, sem contar do pão com trigo que vem do exterior.
Segundo Guillot para cada caloria produzida como alimento, já se gastam dez calorias de energia fóssil. E a equação em termos de energia é muito pior, pois já se gasta um barril de petróleo para se extrair dez barris, mas esta equação piorará à proporção que as reservas ficarem mais críticas. A partir do momento que se chegue ao máximo dos estoques mundiais de petróleo.
Igual a um Partido Comunistas/Socialista do século XX, os Verdes terão de atacar o modelo de distribuição e comercialização baseado na quilometragem do que as pessoas comem diariamente, formada por cadeias de distribuição, dependente de transporte, congelamento e empacotamento com enormes gastos de energia. Os europeus, cita Guillot, compram um abacaxi da Costa Rica por um euro ao imaginar uma equação em que o preço da energia é baratíssimo e com disponibilidade ilimitada.
E tem outros elementos perversos, os Europeus comem um abacaxi barato e leva à miséria os camponeses da Costa Rica que recebem quase nada pelo seu trabalho de produzi-los. Quais as alternativas para este futuro próximo? Seria o retorno aos campos, trazendo as pessoas para próximo de onde se produzem os alimentos? Algo como o Camboja fez com todo o terror de Pol Pot? Lembro, pois serão mudança completas na visão de eternidade que as pessoas têm do seu futuro, antenado e climatizado.
O Partido Verde só não pode se abrigar no conforto do conservacionismo e do desenvolvimento sustentável ao estilo do vice-candidato de Marina Silva. E sua militância se equiparar a uma "patricinha de Ipanema" pedindo aos papais para salvarem as baleias.
Agora todos esperam as grandes bandeiras do Partido Verde Brasileiro, suas lutas principais e suas idéias mais marcantes de país. Uma dos grandes dilemas do Partido Verde e dos movimentos que gravitam no seu entorno é a ampliação dos seus próprios paradigmas de luta política: conservacionismo e desenvolvimento sustentável.
Um paradigma a ser conquistado é a modificação completa de toda a cadeia produtiva da humanidade como a compreendemos hoje. Isso implica uma luta não menos contraditória do que os socialistas tiveram com o sistema produtivo capitalista. A sociedade que emergiria de uma modificação destas já não cabe no modelo clássico de acumulação e tem uma imensa contradição com o sistema financeiro mundial que é a ponta mais avançada do atual capitalismo.
É importante que se tenha em mente que todo sistema econômico, como o capitalismo ou socialismo, se fazem sobre a plataforma de instituições: a forma de propriedade, o modo produção, as forças produtivas e assim por diante. Uma mudança de paradigma do movimento e partidos Verdes implica nisso tudo. O melhor exemplo é o que o veterinário e pos-graduado em Administração de Empresas e colaborador de diversos jornais mexicanos e espanhóis, Gustavo Duch Guillot alerta sobre a fome e o esgotamento das reservas de Petróleo.
Normalmente o Petróleo se associa com a movimentação de veículos e com alguns materiais como fio de tecido, plásticos e a química de drogas e tintas. É raro se ler algo que analise as repercussões para a vida prática das pessoas, especialmente dos seus alimentos. Isso é o que Gustavo Guillot aponta entre outros efeitos.
O modelo de agricultura e alimentação é inteiramente dependente do petróleo, seja para irrigação, coberturas de plástico para resolver problemas de solo degradado, uso intensivo de pesticidas, herbicidas e fertilizantes, mecanização (plantio, colheita e transporte) da lavoura e o comércio continental e intercontinental de produtos alimentícios. Hoje mesmo tomei café com melão do São Francisco, queijo de Minas Gerais, leite de São Paulo e café do Paraná, sem contar do pão com trigo que vem do exterior.
Segundo Guillot para cada caloria produzida como alimento, já se gastam dez calorias de energia fóssil. E a equação em termos de energia é muito pior, pois já se gasta um barril de petróleo para se extrair dez barris, mas esta equação piorará à proporção que as reservas ficarem mais críticas. A partir do momento que se chegue ao máximo dos estoques mundiais de petróleo.
Igual a um Partido Comunistas/Socialista do século XX, os Verdes terão de atacar o modelo de distribuição e comercialização baseado na quilometragem do que as pessoas comem diariamente, formada por cadeias de distribuição, dependente de transporte, congelamento e empacotamento com enormes gastos de energia. Os europeus, cita Guillot, compram um abacaxi da Costa Rica por um euro ao imaginar uma equação em que o preço da energia é baratíssimo e com disponibilidade ilimitada.
E tem outros elementos perversos, os Europeus comem um abacaxi barato e leva à miséria os camponeses da Costa Rica que recebem quase nada pelo seu trabalho de produzi-los. Quais as alternativas para este futuro próximo? Seria o retorno aos campos, trazendo as pessoas para próximo de onde se produzem os alimentos? Algo como o Camboja fez com todo o terror de Pol Pot? Lembro, pois serão mudança completas na visão de eternidade que as pessoas têm do seu futuro, antenado e climatizado.
O Partido Verde só não pode se abrigar no conforto do conservacionismo e do desenvolvimento sustentável ao estilo do vice-candidato de Marina Silva. E sua militância se equiparar a uma "patricinha de Ipanema" pedindo aos papais para salvarem as baleias.
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