A queda do Ministro Lupi. Independente de bons feitos ou maus feitos, o Ministro Lupi está se aproveitando da alegria da mídia em fuzilar um ministro a cada quinze dias. Quando Orlando Silva saiu, aqui nos blogs da região, leitores de blogs da revista Veja, do Estadão, Folha e Globo já tinham toda a relação de ministros que a mídia derrubaria. O próximo, com jactância de uma estratégia de oposição que estava dando certo, seria o Lupi. É nisso que o Ministro Lupi confia. Neste fuzilamento e na comemoração da mídia. Se o governo cede a mais esta, como é que fica? A mídia passa a governar o Estado?
A ocupação militar da USP. Considerando que tudo o mais são firulas para dar circo à solidão dos computadores em rede, a ocupação militar da USP é na essência a negação da Universidade. Assim como uma companhia aérea que não consegue embarcar passageiros, os aviões não saem do solo e se saírem serão uma ameaça. A universidade é para pensar a sociedade e apresentar-lhe solução por duas vias: preparando gente e estudando os seus problemas para criar respostas. A USP não sabe, por uma versão, oferecer segurança ao seu próprio Campus, não sabe imaginar como tratar o fato de uns jovens fumarem um baseado e menos ainda como resolver o imbróglio de uma força armada de ocupação. A USP não funciona como universidade nem para os problemas básicos que vivemos hoje.
Israel ameaça o Irã. Gostam de falar num provérbio, que dão conta de ser chinês, que os momentos de crise seriam momentos de criação. Perguntem a opinião de um grego desempregado, de um espanhol perdendo o auxílio desemprego, de um italiano sem saída ou de um português que sofrerá o ano que vem a maior depressão da Europa? Crise é antes de tudo destruição. É balela que sempre cria o novo. A não ser o novo que seja sucessão apenas do velho. E por isso nas crises a cadeia da insanidade sempre começa num desesperado, instável no mundo em crise, mas muito bem armado. Com armas atômicas Israel pode estar blefando ao anunciar desejos de atacar o Irã, mas é um sério momento com os quais grandes catástrofes de guerras amplas começam.
Finalmente o assunto foi à inanição. Era simples: protestos, explicações e a conciliação. Não foi isso que aconteceu: parecia um assalto ao palácio de inverno do Czar. A guarda palaciana atirava para todos os lados, renovava a munição a cada jornada e enlouquecia quando não via tantas vítimas. Comportamentos com dificuldades de explicar-se e conciliar-se se tornaram uma cruzada ideológica que vem desde a Idade Média, passou pelo Nazi-fascismo, incendiou alguns espíritos revolucionários que jogavam com o infantilismo esquerdista. Não é incomum que os atores mais exaltados desta corrente sejam alimentados por pessoas de “boa fé” que diariamente jogam pedras no quintal dos outros, que têm uma ira de fogareiro e verdades tão duras que só lhes resta quebrarem cabeças ou espatifarem-se nos entrechoques.
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