Acabo de assistir a um programa da Globo News chamado “Sem Fronteira”. O programa seria um debate sobre um possível conflito de EUA e Israel contra o Irã em razão do programa nuclear do país. E edição do programa é simplesmente um terror: uma propaganda de guerra. Uma propaganda a justificar a ação armada das potências nucleares de EUA e Israel contra o Irã.
Uma propaganda com todas as marcas do Pentágono e da CIA. Apenas se ouvem os interesses dos países que querem a guerra e o Sem Fronteiras apresentou uma reportagem feita por um Português, visando o Brasil, é claro, em que o sujeito nitidamente é porta voz da propaganda belicista do governo israelense. A “reportagem” chega a filmar dentro de bases aéreas e de submarinos israelenses.
A reportagem é a preparação para uma ação armada a qualquer momento. Estejamos convencidos que, sem adivinhações, Israel vai atacar o Irã e será logo. A Globo News é parte do esquema de propaganda deste ataque. E aí o que será do mundo?
Um cenário muito provável e apontado por muita gente é o aprofundamento da crise econômica com mais uma disparada no preço do Petróleo. Aliás, o preço do petróleo vem subindo e fugindo das leis econômicas básicas: a demanda por petróleo tem diminuído entre os grandes consumidores do mundo, especialmente Europa e EUA.
Um artigo de Nouriel Roubini traduzido em português, que criou fama ao prever a crise americana, diz que os Estados Unidos e Israel atacarão o Irã de qualquer modo, a diferença é apenas de data: Israel quer o ataque ainda neste verão (a partir de junho) e Obama para depois das eleições. O EUA estão armando Israel em velocidade e já realizam manobras assassinando cientistas iranianos e fazendo guerra eletrônica contra as instalações iranianas.
O cenário previsto por Nouriel é de uma generalização de conflitos no Oriente Médio, inclusive no estreito de Ormuz por onde passa uma grande parte do petróleo para os mercados ocidentais e em vários países, inclusive envolvendo a América Latina. Aliás está cada vez mais próximo da realidade uma paranóia que certos setores apontam sobre o câncer que matou o ex-presidente Nestor da Argentina e o de Hugo Chavez.
O analista diz que se tambores de guerra baterem mais forte no verão do hemisfério norte, o Petróleo irá subir para uma escala que afetará ainda mais as economias ocidentais e mundiais. O quadro de tensão que esta guerra desencadearia poderia ampliar os conflitos no Iemen, na Síria, Egito e atingir a Arábia Saudita. E quando se fala em conflito deve sempre se imaginar que todas as forças possíveis poderão emergir, especialmente as radicais.
Nouriel termina o seu artigo assim: “O Petróleo já está acima de US $ 100/barril, apesar de fraco crescimento econômico nos países avançados e em muitos mercados emergentes. O prêmio medo pode empurrar os preços significativamente, mesmo se nenhum conflito militar em última análise, tiver lugar, e provocar uma recessão global.”
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