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quinta-feira, 26 de julho de 2007

A Rapaziada que Virou Tese




O livro Contracultura, Tradição e Oralidade – (re)inventando o sertão nordestino na década de 70, de autoria de Roberto Marques foi, originalmente, apresentado como dissertação de Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal da Paraíba-UFPB, em junho de 2001. O texto foi publicado em formato de livro pela Annablume Editora, de São Paulo, em 2004.
Ao tempo em que apresenta os movimentos culturais das décadas de 70 e início de 80 na região do Cariri cearense, o livro discute o conceito de memória como importante instrumento para se compreender a modernização em áreas periféricas da produção cultural no Brasil contemporâneo.
O autor é psicólogo pela Universidade Federal do Ceará-UFC e mestre em sociologia pela UFPB. É professor do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Regional do Cariri-URCA. Atualmente, cursa doutorado na Universidade Federal do Rio de Janeiro-UFRJ.
Sobre a obra, de acordo com Marieta de Moraes Ferreira, prefaciadora do livro, “o autor tem como ponto de partida a atuação do Instituto Cultural do Cariri-ICC, na década de 50, cuja produção intelectual se preocupava em estabelecer uma ligação importante entre os fundadores do Crato e a geração de intelectuais que, nos anos 50, portavam um projeto civilizador para a região do Cariri”. No entanto, em contraste com a geração de 50, reunida em torno do ICC, o autor enfoca a atuação da chamada “geração 70”, cujas motivações na construção da memória local se diferenciavam radicalmente.
Assim, através de entrevistas com representantes daquela geração, dentre os quais Luíz Carlos Salatiel, Abidoral Jamacaru, José Nilton de Figueiredo e Jackson “Bola” Bantim, além de pesquisa feita nas publicações que eram porta-vozes dessa rapaziada, como os jornais Nação Cariri e Folha de Piqui,- o autor reconstrói um interessante cenário onde é possível vislumbrar como se desenvolveu no Cariri um dos mais efervescentes movimentos de resistência cultural e de contracultura do Brasil profundo.

4 comentários:

Anônimo disse...

Boa lembrança, rafael. Acabei de postar um clip do Geraldo e sempre fico entusiasmado com ele. Lembra daquela viagem que vocês dois fizeram a Mauridérnia? Merece uma crônia poética.
Um abraço fraterno,
Salatiel

Carlos Rafael Dias disse...

Ok, Luiz, vou topar o desafio.
Aguarde.

socorro moreira disse...

Essa rapaziada se dispersa, mas não se despede! Vai virar crônica com perfume de eucaliptus!

socorro moreira disse...

Mauridérnia era prima legítima da Esbórnia! Eu sei porque armei as rêdes pra embalar a alegria dos loucos! Bons tempos...Outros tempos chegarm...Bom Bom de chocolate com licor de cereja...!