Ariano Suassuna nasceu na então Cidade da Paraíba (Parahyba em ortografia arcaica), que hoje é a cidade de João Pessoa, num dia de Corpus Christi, o que acabou por ocasionar a parada de uma procissão que ocorrera no dia de seu nascimento na frente do palácio do governo do estado. Ariano viveu os primeiros anos de sua vida no Sítio Acauhan, no sertão do estado da Paraíba. Aos três anos de idade (1930), Ariano passou por um dos momentos mais complicados de sua vida com o assassinato de seu pai, no Rio de Janeiro, por motivos políticos, durante a Revolução de 1930, o que obrigou sua mãe, Cássia Vilar Suassuna, a levar toda a família a morar na cidade de Taperoá, no Cariri paraibano.
Ainda em Taperoá, Ariano teve conhecimento da morte do seu pai, que ocorreu dentro da cadeia de eventos que sucederam e estavam ligados à morte de João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque, e, como produto destes acontecimentos, sua família precisou fazer várias peregrinações para diferentes cidades, a fim de fugir das represálias dos grupos políticos opositores ao seu falecido pai.
De 1933 a 1937, Ariano residiu em Taperoá, onde "fez seus primeiros estudos e assistiu pela primeira vez a uma peça de mamulengos e a um desafio de viola, cujo caráter de “improvisação” seria uma das marcas registradas também da sua produção teatral."
Em 1942, já adolescente, Ariano muda-se para cidade de Recife, no vizinho estado de Pernambuco, onde passou a residir definitivamente. Estudou o antigo ensino ginasial (ensino fundamental) no renomado Colégio Americano Batista, e o antigo colégial (ensino médio), no tradicionalíssimo Ginásio Pernambucano e, posteriormente, no Colégio Oswaldo Cruz. Posteriormente, Ariano concluiu seu estudo superior em Direito (1950) e em Filosofia (1960).
Ariano estreou seus dons literários precocemente no dia 7 de outubro de 1945, quando o seu poema Noturno foi publicado em destaque no Jornal do Comercio do Recife.
Na Faculdade de Direito, conheceu Hermílio Borba Filho, com quem fundou o Teatro do Estudante de Pernambuco. Em 1947, escreveu sua primeira peça, "Uma mulher vestida de Sol". Em 1948, sua peça "Cantam as harpas de Sião" (ou "O desertor de Princesa") foi montada pelo Teatro do Estudante de Pernambuco. Seguiram-se Auto de João da Cruz, de 1950, que recebeu o Prêmio Martins Pena, o aclamado Auto da Compadecida, de 1955, O Santo e a Porca - O Casamento Suspeitoso, de 1957, A Pena e a Lei, de 1959, "A Farsa da Boa Preguiça", de 1960, e "A Caseira e a Catarina", de 1961.
Entre 1951 e 1952, Ariano volta a Taperoá, para curar-se de uma doença pulmonar. Lá escreveu e montou "Torturas de um coração". Em seguida, retorna a Recife, onde, até 1956, dedica-se à advocacia e ao teatro.
Em 1955, "Auto da Compadecida" o projetou em todo o país. Em 1962, o crítico teatral Sábato Magaldi diria que a peça é "o texto mais popular do moderno teatro brasileiro". Sua obra mais conhecida, já foi montada exaustivamente por grupos de todo o país, além de ter sido adaptada para a TV e para o cinema.
Em 1956, afasta-se da advocacia e se torna professor de Estética da Universidade Federal de Pernambuco, onde se aposentaria em 1994. Em 1976, defende sua tese de livre-docência, intitulada "A Onça castanha e a Ilha Brasil: uma reflexão sobre a cultura brasileira".
Ariano foi o idealizador do Movimento Armorial, que tem como objetivo criar uma arte erudita a partir de elementos da cultura popular do Nordeste Brasileiro. Tal movimento procura orientar para esse fim todas as formas de expressões artísticas: música, dança, literatura, artes plásticas, teatro, cinema, arquitetura, entre outras expressões.
Desde 1990, Ariano ocupa a cadeira número 32 da Academia Brasileira de Letras, cujo patrono é Manuel José de Araújo Porto Alegre, o Barão de Santo Ângelo, (1806-1879).
Em 1993, foi eleito para a Cadeira 18 da Academia Pernambucana de Letras, cujo patrono é o escritor Afonso Olindense.
Algumas de suas obras:
Teatro
Uma mulher vestida de Sol, (1947); Cantam as harpas de Sião ou O desertor de Princesa, (1948); Os homens de barro, (1949); Auto de João da Cruz, (1950); Torturas de um coração, (1951); O arco desolado, (1952); O castigo da soberba, (1953); Auto da Compadecida, (1955);
O casamento suspeitoso, (1957); O Santo e a Porca, (1957); O homem da vaca e o poder da fortuna, (1958); A pena e a lei, (1959); Farsa da boa preguiça, (1960); A caseira e a Catarina, (1962); As conchambranças de Quaderna, (1987);
Romance
O Romance d'A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta, (1971).
O Rei Degolado, (1976). A História de Amor de Fernando e Isaura
Ainda em Taperoá, Ariano teve conhecimento da morte do seu pai, que ocorreu dentro da cadeia de eventos que sucederam e estavam ligados à morte de João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque, e, como produto destes acontecimentos, sua família precisou fazer várias peregrinações para diferentes cidades, a fim de fugir das represálias dos grupos políticos opositores ao seu falecido pai.
De 1933 a 1937, Ariano residiu em Taperoá, onde "fez seus primeiros estudos e assistiu pela primeira vez a uma peça de mamulengos e a um desafio de viola, cujo caráter de “improvisação” seria uma das marcas registradas também da sua produção teatral."
Em 1942, já adolescente, Ariano muda-se para cidade de Recife, no vizinho estado de Pernambuco, onde passou a residir definitivamente. Estudou o antigo ensino ginasial (ensino fundamental) no renomado Colégio Americano Batista, e o antigo colégial (ensino médio), no tradicionalíssimo Ginásio Pernambucano e, posteriormente, no Colégio Oswaldo Cruz. Posteriormente, Ariano concluiu seu estudo superior em Direito (1950) e em Filosofia (1960).
Ariano estreou seus dons literários precocemente no dia 7 de outubro de 1945, quando o seu poema Noturno foi publicado em destaque no Jornal do Comercio do Recife.
Na Faculdade de Direito, conheceu Hermílio Borba Filho, com quem fundou o Teatro do Estudante de Pernambuco. Em 1947, escreveu sua primeira peça, "Uma mulher vestida de Sol". Em 1948, sua peça "Cantam as harpas de Sião" (ou "O desertor de Princesa") foi montada pelo Teatro do Estudante de Pernambuco. Seguiram-se Auto de João da Cruz, de 1950, que recebeu o Prêmio Martins Pena, o aclamado Auto da Compadecida, de 1955, O Santo e a Porca - O Casamento Suspeitoso, de 1957, A Pena e a Lei, de 1959, "A Farsa da Boa Preguiça", de 1960, e "A Caseira e a Catarina", de 1961.
Entre 1951 e 1952, Ariano volta a Taperoá, para curar-se de uma doença pulmonar. Lá escreveu e montou "Torturas de um coração". Em seguida, retorna a Recife, onde, até 1956, dedica-se à advocacia e ao teatro.
Em 1955, "Auto da Compadecida" o projetou em todo o país. Em 1962, o crítico teatral Sábato Magaldi diria que a peça é "o texto mais popular do moderno teatro brasileiro". Sua obra mais conhecida, já foi montada exaustivamente por grupos de todo o país, além de ter sido adaptada para a TV e para o cinema.
Em 1956, afasta-se da advocacia e se torna professor de Estética da Universidade Federal de Pernambuco, onde se aposentaria em 1994. Em 1976, defende sua tese de livre-docência, intitulada "A Onça castanha e a Ilha Brasil: uma reflexão sobre a cultura brasileira".
Ariano foi o idealizador do Movimento Armorial, que tem como objetivo criar uma arte erudita a partir de elementos da cultura popular do Nordeste Brasileiro. Tal movimento procura orientar para esse fim todas as formas de expressões artísticas: música, dança, literatura, artes plásticas, teatro, cinema, arquitetura, entre outras expressões.
Desde 1990, Ariano ocupa a cadeira número 32 da Academia Brasileira de Letras, cujo patrono é Manuel José de Araújo Porto Alegre, o Barão de Santo Ângelo, (1806-1879).
Em 1993, foi eleito para a Cadeira 18 da Academia Pernambucana de Letras, cujo patrono é o escritor Afonso Olindense.
Algumas de suas obras:
Teatro
Uma mulher vestida de Sol, (1947); Cantam as harpas de Sião ou O desertor de Princesa, (1948); Os homens de barro, (1949); Auto de João da Cruz, (1950); Torturas de um coração, (1951); O arco desolado, (1952); O castigo da soberba, (1953); Auto da Compadecida, (1955);
O casamento suspeitoso, (1957); O Santo e a Porca, (1957); O homem da vaca e o poder da fortuna, (1958); A pena e a lei, (1959); Farsa da boa preguiça, (1960); A caseira e a Catarina, (1962); As conchambranças de Quaderna, (1987);
Romance
O Romance d'A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta, (1971).
O Rei Degolado, (1976). A História de Amor de Fernando e Isaura
Recomendo também:
Entrevista realizada pela "Caros Amigos", que você pode acessar pelo link abaixo:
2 comentários:
Tudo que se falar de bem de Ariano é pouco. Ele fez durante todos estes tempos um trabalho de resistência cultural que chega a ser tão importante como sua obra literária. É um dos gênios da nossa raça.
ele é um desses extremos. que a gente deve um puta respeito.
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